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Filho de Bolsonaro chama deputadas de "pessoas portadoras de vagina"

Foi assim que o deputado federal brasileiro referiu-se às mulheres que integram a Comissão de Constituição e Justiça. Uma das deputadas vai avançar com queixa ao Ministério Público.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro, um dos filhos do Presidente brasileiro, referiu-se às mulheres que integram a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) como "pessoas portadoras de vagina", com uma das deputadas a avançar com uma queixa.

Deputado brasileiro Eduardo Bolsonaro
Deputado brasileiro Eduardo Bolsonaro

"Parece, mas não é a gaiola das loucas, são só as pessoas portadoras de vagina na CCJ sendo levadas a loucuras pelas verdades ditas pelo deputado Eder Mauro", escreveu Eduardo Bolsonaro na rede social Twitter.

O filho do presidente acompanhou a sua mensagem com um vídeo mostrando o congressista Eder Mauro Cardoso, a chamar em voz alta de comunistas algumas deputadas da oposição ao Governo de Bolsonaro e a acusar as parlamentares de "implementarem sexo nas escolas para crianças de cinco e seis anos".

Os comentários de Eduardo Bolsonaro foram condenados pela congressista Joice Hasselmann, que classificou a frase de sexista e que representa uma "violação do decoro parlamentar em qualquer Congresso sério do mundo".

Por isso, pediu ao Ministério Público Federal que investigasse o filho do Presidente, Jair Bolsonaro, através de um processo penal e anunciou que apresentará uma queixa ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.

Também nesta quinta-feira, aquele órgão legislativo arquivou outro processo contra Eduardo Bolsonaro, no qual tinha sido acusado pela oposição de um "ataque contra a democracia" ao sugerir, durante uma entrevista, a adoção de medidas semelhantes às que estavam em vigor durante a ditadura militar (1964-1985).

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.