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Extrema-direita controla Defesa da Bulgária

03 de maio de 2017 às 19:40
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Conservador Boyko Borisov forçado a coligação com os ultra-nacionalistas

A extrema-direita búlgara dos Patriotas Unidos vai controlar o Ministério da Defesa e incluir dois vice-primeiros-ministros no novo executivo, chefiado pela terceira vez desde 2009 pelo conservador Boyko Borisov.

A formação Cidadãos para o Desenvolvimento Europeu da Bulgária (GERB, direita), o partido de Borisov, venceu as legislativas antecipadas de Março, mas foi forçado a uma coligação com os ultra-nacionalistas para poder governar.

Assim, Valeri Simeonov e Krasimir Karakachanov, líderes dos Patriotas Unidos - que integra as formações nacionalistas NFSB, VMRO e Ataka - vão ser empossados vice-primeiros-ministros, o primeiro sem pasta e o segundo responsável pela segurança nacional, e ainda ministro da Defesa.

Num gabinete dominado pelos conservadores, a antiga ministra da Justiça Ekaterina Zaharieva foi designada chefe da diplomacia, enquanto Tsetska Tsacheva, ex-presidente do parlamento e ex-candidata presidencial, será a nova responsável pelos assuntos judiciais, referiu o GERB em comunicado.

O gabinete será apresentado na quinta-feira ao Presidente búlgaro Rumen Radev.

Entre 2011 e 2016 os ultranacionalistas já tinham apoiado os governos de esquerda (do social-democrata Serguei Stanishev) e de direita (o segundo governo Borisov), mas sem ocuparem cargos ministeriais.

A história destes três partidos revela uma aliança estratégica que se prolonga no espaço da extrema-direita, e que reforçou a sua influência devido a uma presença assídua em televisões privadas.

A Ucrânia não ficará sozinha

Zelensky vê na integração na UE uma espécie de garantia de segurança, ainda que não compense a não entrada na NATO. É possível sonhar com um cessar-fogo capaz de evitar uma futura terceira invasão russa da Ucrânia (agora para Odessa e talvez Kiev, rumo às paredes da frente Leste da UE)? Nunca num cenário de concessão do resto do Donbass. O invadido a oferecer, pela negociação, ao invasor o que este não foi capaz de conquistar no terreno? Não pode ser. Aberração diplomática que o fraco mediador Trump tenta impor aos ucranianos.