O presidente do Conselho Europeu também pediu às autoridades eleitorais da Geórgia para investigarem as irregularidades nas legislativas, indicando que a UE vai "avaliar a situação e determinar os próximos passos" nas relações com o país.
O chefe da diplomacia dos Estados Unidos solicitou uma investigação a uma possível fraude nas eleições legislativas da Geórgia, ganhas pelo partido pró-russo no poder, um resultado contestado pela oposição pró-europeia. "Condenamos todas as violações das normas internacionais", disse Antony Blinken.
REUTERS/Zurab Javakhadze
Tal como os observadores internacionais e locais, os EUA pedem "uma investigação completa de todos os relatos de violações eleitorais", de acordo com um comunicado do secretário de Estado norte-americano, divulgado no domingo à noite.
Observadores notaram "um ambiente pré-eleitoral marcado pela utilização indevida de recursos públicos por parte do partido no poder, a compra de votos e a intimidação dos eleitores, que contribuíram para criar condições de concorrência desiguais e minaram a confiança pública e internacional na possibilidade de um resultado justo", lamentou Blinken.
Horas antes, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, tinha também pedido às autoridades eleitorais da Geórgia para investigarem as irregularidades nas legislativas, indicando que a UE vai "avaliar a situação e determinar os próximos passos" nas relações com o país, na reunião em Budapeste, no início do próximo mês.
A oposição considera que a previsível vitória do partido no poder, Sonho Georgiano, vai aproximar o país de Moscovo, afastando a adesão à UE, um objetivo tão importante para grande parte da população, consagrado na Constituição.
Os observadores da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), da NATO e da UE afirmaram no domingo que as legislativas foram "marcadas por desigualdades [entre candidatos], pressões e tensões".
Os observadores eleitorais georgianos, destacados em todo o país, também relataram múltiplas violações e disseram que os resultados não refletem "a vontade do povo georgiano".
Em Tbilissi, a presidente da Geórgia, Salomé Zourabichvili, colocou-se ao lado da oposição ao afirmar que o país foi vítima de uma "operação especial" russa. Zourabichvili apelou aos georgianos para que se manifestassem às 19h de hoje (15h em Lisboa) na rua principal da capital para protestar contra o resultado, que considerou ser uma "falsificação total, um roubo total".
A Comissão Eleitoral Central declarou que o Sonho Georgiano obteve 54,8% dos votos, quando estão praticamente escrutinados 100% dos boletins de voto.
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