Este anúncio surge depois de milhares de pessoas se terem concentrado em frente ao edifício do parlamento, no centro da capital, na segunda-feira, a pedido da oposição, que acusa o partido Sonho Georgiano (pró-russo) de ter "roubado" as eleições.
A comissão eleitoral da Geórgia anunciou que vai iniciar esta terça-feira a recontagem parcial das legislativas de sábado, onde a oposição pró-europeia se recusar a reconhecer a vitória do partido no poder.
REUTERS/Irakli Gedenidze
"[As autoridades] vão realizar uma recontagem de votos em cinco assembleias de voto em cada círculo eleitoral. Já identificaram por sorteio os círculos eleitorais cujos resultados voltarão a ser contados", disse hoje a comissão, num comunicado.
A comissão acrescentou que a contagem vai ter lugar em Tbilissi, das 12h às 17h (das 08h às 13h em Lisboa), e convidou as autoridades competentes a supervisionar a contagem "para garantir a transparência".
Este anúncio surge depois de milhares de pessoas se terem concentrado em frente ao edifício do parlamento, no centro da capital, na segunda-feira, a pedido da oposição, que acusa o partido Sonho Georgiano (pró-russo) de ter "roubado" as eleições.
De acordo com a comissão eleitoral, o partido no poder, com o qual Bruxelas congelou as negociações de adesão à União Europeia (UE) devido à sua aproximação à Rússia, venceu as eleições com 53,92% dos votos.
A oposição acusa o Sonho Georgiano, do oligarca Bidzina Ivanishvili, de aproximar a Geórgia da Rússia e de a afastar de uma possível adesão à UE e à NATO, dois objetivos consagrados na Constituição do país.
A Presidente da Geórgia, Salome Zurabishvili, recusou-se a reconhecer os resultados e apelou aos georgianos para que protestassem nas ruas.
O primeiro-ministro, Irakli Kobakhidze, descreveu, por sua vez, a vitória do Sonho Georgiano como "impressionante e óbvia", considerando que "qualquer tentativa de falar sobre manipulação eleitoral está condenada ao fracasso".
A missão de observação da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa destacou a boa organização das eleições, mas denunciou "muitos casos de coação" dos eleitores e "frequentes violações do sigilo do voto", entre outras possíveis irregularidades.
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