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EUA, Canadá e 17 países europeus expulsam diplomatas russos

26 de março de 2018 às 16:16
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A Alemanha, Reino Unido, França, Espanha, Polónia, República Checa, Lituânia, Itália, Holanda, Dinamarca, Estónia e Ucrânia estão a expulsar diplomatas russos.

Estão a expulsar diplomatas russos os Estados Unidos, Canadá e 14 Estados-membros da União Europeia, entre eles a Alemanha, Reino Unido, Espanha, França, Polónia, a República Checa, Lituânia, Itália, Holanda, Dinamarca e Estónia. Também a Ucrânia e a Albânia, que não são Estados-membros da UE, expulsaram diplomatas.

A medida insere-se numa acção coordenada dos países ocidentais em resposta ao envenenamento com gás tóxico do ex-espião Serguei Skripal no Reino Unido. O primeiro a anunciar esta segunda-feira foram os Estados Unidos, que irão expulsão 60 "espiões" russos e uma ordem de encerramento do consulado da Rússia em Seattle. Seguiram-se a Alemanha, França, Polónia e Canadá, expulsando quatro diplomatas russos cada um, a República Checa e a Lituânia três, a Itália, Espanha, Holanda e Dinamarca dois, a Estónia um e a Ucrânia 13.

Entretanto, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, anunciou que 14 países membros da UE decidiram expulsar diplomatas russos devido ao caso Skripal e que medidas adicionais serão anunciadas nos próximos dias e meses.

Portugal não é um dos 14 Estados-membros da União Europeia a expulsar diplomatas russos. Numa nota enviada à comunicação social, o gabinete dos Negócios Estrangeiros disse que, apesar de "condenar o atentado de Salisbury", "acredita que a concertação no quadro da União Europeia é o instrumento mais eficaz para responder à gravidade da situação presente".

Além disso, o Executivo diz que "toma boa nota das decisões, anunciadas hoje por vários Estados-membros da União Europeia, relativas à expulsão de diplomatas da Federação Russa neles acreditados".

Países expulsam agentes e diplomatas russos por caso Skripal 

De Washington a Berlim, esta medida está relacionada com o envenenamento com gás tóxico de Serguei Skripal em Salisbury, no Reino Unido, que vitimou o ex-espião e a filha, em estado crítico desde que foram encontrados inconscientes naquela cidade do sul de Inglaterra, a 4 de Março.

Em Washington, um responsável da administração norte-americana precisou que 48 dos diplomatas são "agentes de informações conhecidos" a trabalhar na embaixada em Washington e os outros 12 na representação da Rússia na ONU em Nova Iorque.

O responsável disse que a medida visa transmitir a Moscovo que a administração norte-americana recusa o número "inaceitavelmente alto" de agentes dos serviços secretos russos nos Estados Unidos. O encerramento do consulado em Seattle deve-se a preocupações de segurança devido à proximidade de uma base naval norte-americana.

Os diplomatas expulsos têm sete dias para abandonar o território.

Na Alemanha, o Ministério dos Negócios Estrangeiros justificou a expulsão dos quatro diplomatas russos com o facto de "a Rússia não ter contribuído para esclarecer o envenenamento de Salisbury", que vitimou o ex-espião e a filha, em estado crítico desde que foram encontrados inconscientes naquela cidade do sul de Inglaterra, a 4 de Março.

O caso Skripal provocou uma crise diplomática entre a Rússia e os países ocidentais e levou o Reino Unido a expulsar 23 diplomatas russos do território britânico e a congelar as relações bilaterais, ao que Moscovo respondeu expulsando 23 diplomatas britânicos e suspendendo a actividade do British Council na Rússia.
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