A medida insere-se numa acção coordenada dos países ocidentais em resposta ao envenenamento com gás tóxico do ex-espião Serguei Skripal no Reino Unido. O primeiro a anunciar esta segunda-feira foram os Estados Unidos, que irão expulsão 60 "espiões" russos e uma ordem de encerramento do consulado da Rússia em Seattle. Seguiram-se a Alemanha, França, Polónia e Canadá, expulsando quatro diplomatas russos cada um, a República Checa e a Lituânia três, a Itália, Espanha, Holanda e Dinamarca dois, a Estónia um e a Ucrânia 13.
Entretanto, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, anunciou que 14 países membros da UE decidiram expulsar diplomatas russos devido ao caso Skripal e que medidas adicionais serão anunciadas nos próximos dias e meses.
Portugal não é um dos 14 Estados-membros da União Europeia a expulsar diplomatas russos. Numa nota enviada à comunicação social, o gabinete dos Negócios Estrangeiros disse que, apesar de "condenar o atentado de Salisbury", "acredita que a concertação no quadro da União Europeia é o instrumento mais eficaz para responder à gravidade da situação presente".
Além disso, o Executivo diz que "toma boa nota das decisões, anunciadas hoje por vários Estados-membros da União Europeia, relativas à expulsão de diplomatas da Federação Russa neles acreditados".
Países expulsam agentes e diplomatas russos por caso Skripal
De Washington a Berlim, esta medida está relacionada com o envenenamento com gás tóxico de Serguei Skripal em Salisbury, no Reino Unido, que vitimou o ex-espião e a filha, em estado crítico desde que foram encontrados inconscientes naquela cidade do sul de Inglaterra, a 4 de Março.
Em Washington, um responsável da administração norte-americana precisou que 48 dos diplomatas são "agentes de informações conhecidos" a trabalhar na embaixada em Washington e os outros 12 na representação da Rússia na ONU em Nova Iorque.
O responsável disse que a medida visa transmitir a Moscovo que a administração norte-americana recusa o número "inaceitavelmente alto" de agentes dos serviços secretos russos nos Estados Unidos. O encerramento do consulado em Seattle deve-se a preocupações de segurança devido à proximidade de uma base naval norte-americana.
Os diplomatas expulsos têm sete dias para abandonar o território.
Na Alemanha, o Ministério dos Negócios Estrangeiros justificou a expulsão dos quatro diplomatas russos com o facto de "a Rússia não ter contribuído para esclarecer o envenenamento de Salisbury", que vitimou o ex-espião e a filha, em estado crítico desde que foram encontrados inconscientes naquela cidade do sul de Inglaterra, a 4 de Março.
O caso Skripal provocou uma crise diplomática entre a Rússia e os países ocidentais e levou o Reino Unido a expulsar 23 diplomatas russos do território britânico e a congelar as relações bilaterais, ao que Moscovo respondeu expulsando 23 diplomatas britânicos e suspendendo a actividade do British Council na Rússia.