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Eslováquia também vai enviar MiG-29 à Ucrânia: "Estamos do lado certo da história"

Débora Calheiros Lourenço
Débora Calheiros Lourenço 17 de março de 2023 às 18:33
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O primeiro-ministro eslovaco confirmou o envio dos treze MiG-29 que atualmente se encontram ao serviço de força aérea do país. A Eslováquia vai assim ficar sem nenhum avião de combate e os países vizinhos vão garantir a sua proteção.

Depois da Polóniatambém a Eslováquia anunciou que vai enviar caças MiG-29 para a Ucrânia. Assim, estes países vizinhos, são os primeiros a responder a um dos principais pedidos de Volodymyr Zelensky desde o início da guerra.

REUTERS/Kacper Pempel/File Photo

Esta sexta-feira, o primeiro-ministro eslovaco confirmou que foi aprovado o envio dos treze MiG-29, atualmente ao serviço de força aérea do país. A Eslováquia vai assim ficar sem nenhum avião de combate operacional mas com uma certeza: "Estamos do lado certo da história", afirmou Eduard Heger.

Com esta doação a Eslováquia vai ainda receber 200 milhões de euros por parte da União Europeia, como compensação por ficar sem aviões. Os caças que não forem entregues à Ucrânia é porque não estão operacionais por falta de manutenção ou necessidade de substituir peças.

Assim sendo, o espaço aéreo da Eslováquia vai ser monitorizado pela Polónia e a República Checa, existindo ainda a possibilidade da Hungria vir a participar nas operações.

Tanto a Eslováquia como a Polónia incluíram o envio destes caças produzidos na antiga União Soviética no plano de modernização da sua Força Aérea. A Eslováquia já estabeleceu um acordo com os Estados Unidos para adquirir 14 F-16, que serão entregues em 2024, enquanto a Polónia vai substituir a sua frota pelos sul-coreanos FA-50 e os americanos F-35.

Apesar de Volodymyr Zelensky já ter pedido várias vezes F-16 ao Ocidente, os MiG-19, por serem soviéticos, são mais conhecidos pelos pilotos ucranianos, uma vez que a sua Força Aérea também possui vários. Pelo que não será necessário treino específico e poderão ficar operacionais assim que chegarem à Ucrânia.

Os Estados Unidos e os restantes aliados da NATO continuam a considerar que os caças não devem ser enviados para a Ucrânia devido à possibilidade de escalada do conflito.

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