Sábado – Pense por si

Escolhidos para administração Trump alvo de ameaças de bomba

Débora Calheiros Lourenço
Débora Calheiros Lourenço 29 de novembro de 2024 às 09:00
As mais lidas

Um porta-voz do FBI referiu que a agência está a acompanhar as inúmeras ameaças de bomba e incidentes contra os nomeados para o novo governo e que está a trabalhar com os parceiros para garantir a aplicação da lei.

Vários dos indicados por Donald Trump para o seu governo e gabinetes foram alvos de ameaças de bomba e deswatting, prática que consiste em ligar para a polícia e relatar uma emergência, falsa, na localização de outra pessoa.  

REUTERS/Carlos Barria

A informação foi avançada pela porta-voz do presidente eleito dos Estados Unidos, que referiu que a maior parte das ameaças foram feitas na terça à noite e quarta de manhã desta semana. Karoline Leavitt referiu ainda que as autoridades reagiram rapidamente para garantir a segurança dos alvos.

Elise Stefanik, que vai ser embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas emitiu, na quarta-feira, um comunicado onde afirmava que a casa da sua família foi alvo de uma ameaça de bomba. A embaixadora, o marido e o filho de três anos estavam a fazer uma viagem entre Washington e Nova Iorque quando foram informados da ameaça: "A polícia do estado de Nova Iorque e a polícia do Capitólio dos EUA responderam imediatamente com os mais altos níveis de profissionalismo", referiu.

Também Lee Zeldin, escolhido por Trump para chefiar a Agência de Proteção Ambiental, foi um dos alvos. "Uma ameaça de bomba caseira contra mim e a minha família foi colocada em nossa casa hoje com uma mensagem temática pró-palestina. Não estávamos em casa nesse momento e estamos seguros", escreveu Zeldin no X.

Um porta-voz do FBI também já referiu que a agência está a acompanhar as inúmeras ameaças de bomba e incidentes contra os nomeados para o novo governo e que está a trabalhar com os seus parceiros para garantir a aplicação da lei. "Levamos todas as potenciais ameaças muito a sério e, como sempre, incentivamos o público a relatar imediatamente qualquer coisa que considerem suspeita às autoridades policiais", afirmou o porta-voz. 

Depois da vitória das eleições presidenciais, a 5 de novembro, Donald Trump começou a anunciar os seus escolhidos para os mais altos cargos da sua futura administração. O presidente eleito vai tomar posse a 20 de janeiro.  

Vale a pena recordar que a corrida à Casa Branca também ficou marcada por dois ataques a Trump. Um julho ficou ferido durante uma tentativa de assassinato na Pensilvânia e em setembro outro homem foi acusado de tentativa de assassinato depois de se posicionar com uma arma do lado de fora de um dos campos de golfe de Donald Trump na Flórida, enquanto o então candidato se encontrava no local.  

Artigos Relacionados
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.

Visto de Bruxelas

Cinco para a meia-noite

Com a velocidade a que os acontecimentos se sucedem, a UE não pode continuar a adiar escolhas difíceis sobre o seu futuro. A hora dos pró-europeus é agora: ainda estão em maioria e 74% da população europeia acredita que a adesão dos seus países à UE os beneficiou.