"Rei Arthur" assumiu o pagamento de subornos para delegados africanos escolherem a cidade brasileira para acolher o evento. Empresário foi detido na sexta-feira em Miami, ao tentar renovar o seu passaporte.
O empresário brasileiroArthur Soares Filho, envolvido num escândalo de corrupção nosJogos Olímpicosde 2016, confirmou o pagamento de subornos para delegados africanos escolherem oRio de Janeiropara acolher o evento, noticiouO Globoesta segunda-feira.
O jornal brasileiro revelou que o empresário confessou o pagamento de subornos num acordo de colaboração premiada (confissão da prática de um crime em troca da redução da pena) que está a decorrer na justiça norte-americana.
Com mandado de prisão em aberto no Brasil, desde 2017, o empresário conhecido como 'rei Arthur' foi detido na sexta-feira em Miami, ao tentar renovar o seu passaporte.
Arthur Soares estava foragido desde 2017 e constava da lista de procurados da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal).
A detenção em território norte-americano, levada a cabo pelo Departamento de Imigração dos Estados Unidos da América (EUA), aconteceu porque, para além de o seu nome constar na lista de procurados da Interpol, faltavam também a Arthur Soares documentos para a renovação do visto.
Contudo, a defesa do empresário acabou por entregar todos os documentos exigidos para a renovação do visto e o Departamento de Imigração dos Estados Unidos acabou por libertá-lo.
O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral afirmou em julho, em tribunal, que comprou, por dois milhões de dólares (1,81 milhões de euros), votos para levar os Jogos Olímpicos para aquele estado brasileiro.
Em depoimento ao juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal, responsável pela Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, o ex-governador declarou que comprou votos de delegados do Comité Olímpico Internacional em 2009, para garantir que o seu estado fosse sede da competição olímpica de 2016.
O interrogatório foi um pedido da defesa do ex-governador, que pretende colaborar com as investigações da Operação Unfairplay, um desenvolvimento da Operação Lava Jato.
A Operação UnfairPlay está a cargo da Polícia Federal brasileira, em conjunto com o Ministério Público Federal, que investiga a compra de votos para eleger o Rio de Janeiro como cidade olímpica, no âmbito da qual foi detido, no dia 05 de outubro de 2017, o presidente do Comité Olímpico Brasileiro (COB) e do Comité Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman.
Neste processo, além de Cabral, também Nuzman e o empresário Arthur Soares Filho foram acusados de corrupção devido à suspeita de compra de votos.
Durante os dois mandatos de Cabral à frente do Governo do Rio de Janeiro, Arthur Soares chegou a ter três mil milhões de reais (675 milhões de euros) em contratos com aquele executivo estadual.
Empresário confirma pagamento de suborno nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.
O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.
É muito evidente que hoje, em 2025, há mais terraplanistas, sim, pessoas que acreditam que a Terra é plana e não redonda, do que em 1925, por exemplo, ou bem lá para trás. O que os terraplanistas estão a fazer é basicamente dizer: eu não concordo com o facto de a terra ser redonda.