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Diamante foi dado como desaparecido, mas afinal estava na posse da família: esteve durante 100 anos escondido no banco do Canadá.
Em 1918, com o fim da Primeira Guerra Mundial, o imperador do Império Austro-Húngaro, Carlos I, pressentiu o fim do seu império e face às crescentes ameaças bolcheviques e anarquistas decidiu transportar as joias que os Habsburgos possuíam há séculos para a Suíça. Entre a coleção estava um diamante de 137 quilates, admirado não apenas pelo seu formato em pera e tonalidade amarela, mas também pela sua história: antes de pertencer aos Habsburgos, esteve na posse da família Médici, governantes de Florença. O fascínio pela joia aumentou quando, pouco depois de Carlos e a sua família terem deixado Viena rumo ao exílio na Suíça, a mesma foi dada como desaparecida.
Diamante Florentino, da família Médici, surge após 100 anos, no CanadáDR
Durante 100 anos foram vários os rumores que circularam sobre o paradeiro deste diamante: uns julgavam-no roubado, enquanto que outros acreditavam que tinha sido desfeito. “Uma teoria defende que os Habsburgos, tal como os Romanovs após a Revolução Russa, venderam o diamante e outros bens em troca de dinheiro”, afirmou um pode ler-se num publicado no Artnet no ano passado. “Uma hipótese mais esperançosa, porém menos provável, sustenta que o Diamante Florentino não foi vendido, mas sim dado a um servo dos Habsburgos que o levou para a América do Sul, e que ainda está por aí”, lia-se ainda.
O mistério foi tal que o caso aparece na narrativa de vários romances, nomeadamente The Imperfects, de Amy Meyerson, ou Der rote Diamant, de Thomas Hürlimann. No entanto, a verdadeira história do que aconteceu com a joia foi agora contada pela primeira vez ao jornal New York Times pelos descendentes de Carlos I, que garantiram que o diamante nunca desapareceu: estava guardado num cofre do banco do Canadá desde que a família fugiu para lá durante a Segunda Guerra Mundial.
Karl von Habsburg-Lothringen, de 64 anos, e neto de Carlos I, esclareceu que este segredo foi mantido por respeito à mulher de Carlos, a imperatriz Zita. Na altura, ela revelou o esconderijo do diamante a apenas duas pessoas: os seus filhos Roberto e Rodrigo, e pediu que, como medida de segurança, esta localização fosse mantida em segredo durante 100 anos após a morte de Carlos I, que aconteceu em 1922.
No entanto, só recentemente é que Karl soube da existência desta joia por via dos seus primos Lorenz von Habsburg-Lothringen, de 70 anos, e de Simeon von Habsburg-Lothringen, de 67 anos. Agora com a promessa cumprida, a família quer exibir o Diamante Florentino e outras joias no Canadá para agradecer aos país por ter acolhido a imperatriz e os seus filhos.
O percurso do diamante
Depois de Carlos I ter morrido de pneumonia na Madeira, a imperatriz Zita e os seus filhos mudaram-se para Espanha e posteriormente para a Bélgica, em 1929. Acontece que, com o aumento da tensões na Europa e as ameaças nazis, o seu filho mais velho - o príncipe Otto - ofereceu os seus serviços à Primeira República Austríaca e quando os nazis anexaram a Áustria, em 1938, - evento conhecido como Anschluss - Otto foi declarado inimigo. Ao temerem que a Alemanha estivesse prestes a invadir a Bélgica, Zita fugiu com os seus oito filhos para os Estados Unidos, em 1940 e com a ajuda dos americanos viajou para o Canadá, estabelecendo-se numa casa modesta na província do Quebec.
Segundo relatos da família, na altura a imperatriz transportou consigo uma mala que continha uma coleção de joias. "Presumo que naquele momento a pequena mala foi para o cofre de um banco e lá permaneceu", conta Karl von Habsburg-Lothringen.
Zita ainda regressou à Europa, mas já não teria as joias. Acabou por morrer na Suíça, em 1989.
Diamante Florentino reaparece 100 anos depois: joia pertencia aos imperadores da Áustria
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