Os avós do menino estavam com ele no dia em que desapareceu em França. Autoridades suspeitam que terá sido praticado "homicídio voluntário".
Os avós maternos do pequeno Émile foram detidos na manhã desta terça-feira, em França, por volta das 6h30 locais (5h30 de Lisboa), uma vez que as autoridades acreditam que terão praticado crimes de "homicídio voluntário" e "ocultação de cadáver". Também os tios foram visados nesta operação, tendo sido levados sob custódia policial.
Segundo o Le Parisien, escutas telefónicas revelaram que havia desentendimentos entre os pais e os avós do menino, contrastando assim com o que a família havia tentado provar, durante as buscas pela criança.
Émile desapareceu de casa dos avós na aldeia francesa de Le Vernet, a 8 de julho de 2023, enquanto brincava, motivando assim a mobilização de centenas de pessoas durante vários dias, pela procura da criança. Agora, as autoridades francesas têm a certeza que o menino não poderia ter desaparecido sozinho, até porque na altura tinha apenas 2 anos e meio.
"Que existe um autor não há quase dúvidas. Prejudicou a criança deliberadamente ou involuntariamente? É impossível dizer neste momento. Mas agora é provável que possa ter havido intervenção humana", confirmou uma fonte responsável pelo caso à BFM DICI.
Segundo uma outra fonte ouvida pela BFMTV, as detenções dos avós já "estavam planeadas", só não se sabia desde quando. O Ministério Público (MP) de Aix-en-Provence entretanto já indicou num comunicado de imprensa que estão em curso "operações forenses".
"Os investigadores também estão a realizar operações forenses em vários locais do território", acrescenta o MP.
Émile desapareceu a 8 de julho de 2023 e as suas ossadas só foram encontradas nove meses depois, perto do local onde foi visto pela última vez. As autoridades encontraram também o crânio e os dentes da criança.
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