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Covid-19: Quarentena no final do mês para chegadas do estrangeiro ao Reino Unido

Até agora as autoridades argumentavam que não fazia sentido aplicar nos aeroportos britânicos. As exceções serão pessoas que cheguem de França ou da Irlanda e também motoristas de veículos de mercadorias. 

O Reino Unido vai impor uma quarentena de duas semanas às pessoas que cheguem aoReino Unidodo estrangeiro, com algumas exceções, a partir do fim de maio, revelou, esta segunda-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico,Dominic Raab

A medida faz parte do plano do Governo para aliviar o regime de confinamento em vigor no país, que o primeiro-ministro, Boris Johnson, delineou no domingo e que o executivo vai apresentar hoje à tarde em detalhe. 

"Qualquer pessoa que chegue ao Reino Unido, sujeito a uma série de exceções que vamos estabelecer, vai precisar de ficar 14 dias em isolamento", disse Raab hoje, em declarações à BBC Radio 4

Como exceções referiu as pessoas que cheguem de França ou da Irlanda, e também motoristas de veículos de mercadorias. 

O objetivo da medida, que até agora as autoridades argumentaram que não fazia sentido aplicar nos aeroportos britânicos, é "evitar o risco de o vírus entrar através de pessoas que não mostram sintomas e comecem a espalhá-lo no país". 

Boris Johnson vai apresentar hoje no parlamento um documento mais detalhado sobre o levantamento gradual do confinamento decretado para travar a pandemia covid-19 no Reino Unido.

Numa comunicação televisiva a partir da residência oficial de Downing Street, no domingo à noite, o primeiro-ministro revelou uma reabertura faseada de escolas e lojas não essenciais em Inglaterra a partir de 1 de junho, com a condição de a taxa de contágio se manter reduzida.

As pessoas que não podem trabalhar a partir de casa são "ativamente encorajadas" a voltar ao trabalho a partir de hoje, mas de preferência sem se deslocar por transportes públicos.

A partir de quarta-feira, deixa de existir o limite a uma única forma de exercício por dia, e passam a ser autorizados desportos que não envolvam contacto físico, como ténis, pesca e golfe, mas entre membros da mesma família.

As autoridades vão passar também a autorizar um uso menos restrito dos parques públicos, incluindo conversas entre pessoas de agregados familiares diferentes, desde que seja respeitada a regra de distanciamento de dois metros, e viagens de automóvel a locais mais distantes. 

Numa terceira etapa, "o mais tardar em julho", o governo pretende reabrir parte da indústria dos serviços, como cafés, restaurantes e cinemas. 

Johnson apresentou um novo Sistema de Alerta Covid de cinco níveis graduados por cores, sendo o risco mais baixo correspondente ao verde e o nível cinco, o mais grave e indicação de que existe uma transmissão do vírus muito alta e sobrecarga dos serviços de saúde, representado por vermelho. 

A mensagem do Governo britânico "fique em casa" foi substituída por "fique alerta", mas só em Inglaterra, pois os governos autónomos da Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte recusaram mudar por receio de confundir as pessoas sobre a necessidade de evitar o contacto social.

O plano do Governo suscitou também dúvidas e críticas do patronato, sindicatos e polícia, tal como do líder do Partido Trabalhista, a principal força da oposição, Keir Starmer, que lamentou a falta de "clareza e consenso" das medidas. 

"Esta comunicação levanta mais perguntas do que respostas, e vemos a perspetiva de Inglaterra, Escócia e País de Gales avançarem em direções diferentes", vincou.

O Reino Unido registou até domingo 31.855 óbitos, sendo atualmente o país com o segundo maior número de mortes provocadas pela pandemia covid-19, atrás dos EUA. 

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