Esta quinta-feira, Pequim lançou mísseis balísticos de alcance intermediário e intercontinental em Taiwan. Momento terá levado ao alerta das forças marítimas, aéreas e terrestres taiwanesas.
A China declarou esta quinta-feira dois dias de exercícios militares em torno de Taiwan como forma de "punição" pelos "atos separatistas" de realizar eleições na ilha e empossar um novo presidente. Lai Ching-te tomou posse a 20 de maio e é o novo líder taiwanês.
REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Os meios de comunicação estatais chineses informaram que dezenas de caças do Exército de Libertação Popular carregaram mísseis reais e realizaram ataques simulados contra "alvos militares de alto valor" e aviões de guerra do "inimigo", sem qualquer aviso prévio por volta das 7h45 locais (00h45 de Lisboa). Imagens de propaganda espalhadas pela internet e republicadas pelos média estatais mencionam tratarem-se de mísseis balísticos chineses Dongfeng, de alcance intermediário e intercontinental.
Em resposta aos exercícios militares, Taiwan acusou a China de "provocação irracional e perturbação da paz e estabilidade regional" e lamentou que o país estivesse a colocar em causa as liberdades democráticas da ilha. O ministro da Defesa da ilha, garantiu ainda que não está à procura de conflitos, mas que "não se esquivará de nenhum".
Ainda de acordo com o ministro da Defesa, o momento terá levado ao alerta das forças marítimas, aéreas e terrestres taiwanesas - tendo estas se preparado para operações de guerra.
Estes exercícios, operados no Estreito de Taiwan e nas ilhas de Kinmen, Matsu, Wuqiu e Dongyin – próximas da China -, são considerados os mais extensos até agora, e de longe os maiores desde de 2022 após a visita oficial da então presidente da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi.
No entanto, analistas citados peloThe Guardianapontam para a possibilidade de serem esperados mais exercícios ao longo do ano, tendo em conta o nome da operação "2024A". "Isso parece um prelúdio para mais e maiores exercícios militares que estão por vir", disse Wen-ti Sung, analista política e especialista em China da Universidade Nacional Australiana, no X. "Este é um sinal para moldar narrativas internacionais. A verdadeira ‘punição’ contra Taiwan pode ainda estar por vir, pois leva tempo."
Nos últimos anos, a China aumentou a pressão sobre Taiwan, com o aumento também das incursões da força aérea na zona. O objetivo é convencer a ilha a aceitar uma aquisição chinesa sem guerra.
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