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Caso irmãos Menendez. Procurador opõem-se a novo julgamento

Luana Augusto
Luana Augusto 22 de fevereiro de 2025 às 17:38
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Erik e Lyle Menendez estão detidos há mais de 30 anos por terem assassinado os pais na sua casa, em Beverly Hills, Califórnia.

O procurador distrital do condado de Los Angeles, Nathan J. Hochman, recomendou na sexta-feira que o juiz rejeite o pedido de Erik e Lyle Menendezpara um novo julgamento, para que sejam ilibados do crime de homicídio.

REUTERS/Lee Celano

As declarações de Hochman surgem em resposta a uma petição que os irmãos Menendez, presos há mais de 30 anos, apresentaram, devido às novas evidências que indicam que ambos sofreram abusos sexuais por parte do pai. No entanto, o procurador considerou que essas evidências não são pertinentes para o caso.

"Nesta situação, o abuso sexual pode ter sido uma motivação para Erik e Lyle fazerem o que fizeram, mas isso não constitui legítima defesa", defendeu Hochman.

O procurador disse também que o depoimento dos próprios irmãos sobre o abuso sexual não era confiável, isto porque apresentaram cinco explicações diferentes para justificarem a prática do crime. Contudo, a família Menendez considerou a decisão como "abominável" e disse que o procurador "desacreditou o trauma" vivido pelos irmãos.

"O abuso não existe no vácuo. Ele deixa cicatrizes duradouras, reprograma o cérebro e aprisiona as vítimas em ciclos de medo e trauma", disseram numa declaração. "Dizer que não teve nenhum papel na ação de Erik e Lyle é ignorar décadas de investigação psicológica e compreensão humana básica."

Hochman recusou-se, no entanto, a anunciar a sua decisão sobre uma nova sentença que poderia levar à libertação dos irmãos. Disse apenas que abordaria essa questão nas próximas semanas, antes de uma audiência que ficou marcada para os dias 20 e 21 de março.

Erik e Lyle Menendez foram considerados culpados pelos assassinatos do pai José e da mãe Kitty Menendez. O crime aconteceu em 1989, na sua casa em Beverly Hills, Califórnia. O acontecimento levou a que fossem sentenciados à prisão perpétua sem liberdade condicional.

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O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.