"Qualquer coisa que não leve à sua libertação será considerado causa de grande irritação", avisa ministro alemão sobre a capitã do navio humanitário que desafiou Salvini para salvar 42 migrantes.
Carola Rackete, a capitã do navio humanitário Sea Watch 3 que desafiou o ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, para salvar 42 migrantes deverá saber esta terça-feira se continua em prisão domiciliária. Várias vozes têm apelado à libertação da capitã, como foi o caso do ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Heiko Maas, que disse que Carola deve ser libertada porque o ato foi humanitário e não criminoso. "O resgate no mar não é um crime, é um ato humanitário e, portanto, qualquer coisa que não leve à sua libertação será considerado causa de grande irritação", disse, na segunda-feira, Heiko Maas.
Portugal, a par de outros quatro países europeus, disponibilizou-se a receber cinco dos migrantes resgatados pelo navio alemão.
A capitã de 31 anos foi detida no sábado depois de ter desafiado a "política de portos fechados" imposta por Salvini e as autoridades portuárias italianas ao ter atracado, sem autorização, o navioSea Watch 3 no porto de Lampedusa. Carola quis ajudar 40 migrantes resgatados ao largo da Líbia que estavam há mais de 15 dias a bordo do navio humanitário.
A alemã encontra-se em prisão domiciliária, tendo sido ouvida na segunda-feira em tribunal. Esta terça-feira deverá saber a decisão do juiz do tribunal em Agrigento, na Sicília.
A jovem capitã do navio Sea-Watch, detida pelas autoridades italianas após forçar a entrada em Lampedusa para desembarcar migrantes, garantiu que não foi "um ato de violência mas apenas de desobediência" porque a situação era desesperante.
A jovem capitã do navio Sea-Watch, detida pelas autoridades italianas após forçar a entrada em Lampedusa para desembarcar migrantes, garantiu que não foi "um ato de violência mas apenas de desobediência" porque a situação era desesperante.
Carola Rackete está acusada de resistência ou violência contra um navio de guerra estrangeiro, bem como da tentativa de abalroamento, por ter chocado com uma patrulha de uma unidade policial militarizada (Guardia di Finanza) durante as manobras no porto de Lampedusa. É também acusada de ter entrado em águas territoriais italianas sem autorização.
Estas acusações podem valer-lhe uma pena de prisão de dois a dez anos.
A acusação alega que a capitã atacou deliberadamente a embarcação da unidade policial que bloqueava o seu caminho, enquanto os advogados de Rackete dizem que ela não pretendia prejudicar ninguém.
Acusada de tentar uma manobra perigosa, Carola Rackete garante que nunca pensou na sua ação como "um ato de violência, mas apenas de desobediência".
A jovem capitã alemã arrisca igualmente enfrentar um processo judicial por suspeita de ajuda à imigração ilegal.
A política imposta por Salvini também prevê a apreensão do navio humanitário e uma coima de 50 mil euros.
Estrelas de televisão alemãs angariaram mais de 355 mil euros a favor da organização não-governamental de Carola Rackete, jovem capitã do navio Sea-Watch, detida pelas autoridades italianas após forçar a entrada em Lampedusa para desembarcar migrantes.
Estrelas de televisão alemãs angariaram mais de 355 mil euros a favor da organização não-governamental de Carola Rackete, jovem capitã do navio Sea-Watch, detida pelas autoridades italianas após forçar a entrada em Lampedusa para desembarcar migrantes.
Carola Rackete cria tensão nas relações entre Itália e Alemanha
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