A estreia no canal televisivo ucraniano 112 do documentário suscitou forte polémica no país, em particular entre os setores extremistas e no Governo de Kiev.
Um canal televisivo ucraniano decidiu hoje cancelar a emissão do documentário "Revelando aUcrânia" do realizador norte-americano Oliver Stone, que inclui uma entrevista ao Presidente russo,Vladimir Putin, após ser alvo de um ataque com lança-granadas e de ameaças.
A estreia no canal televisivo ucraniano 112 do documentário, que também exibe uma entrevista com o político pró-russo Viktor Medvedchuk (Putin é padrinho da sua filha Darina), suscitou forte polémica no país, em particular entre os setores extremistas e no Governo de Kiev.
Na sexta-feira, o ministério da Informação pública considerou que o canal não deveria emitir "um filme propagandístico" que "ameaça a segurança da informação" da Ucrânia.
O ministério considerou "inaceitável a emissão num canal de televisão de materiais audiovisuais que abertamente difundem uma narrativa anti-ucraniana da propaganda do Kremlin e utilizadas pela Federação russa na sua guerra híbrida contra a Ucrânia".
O documentário relata os protestos pró-europeus de Maidan, que provocaram o derrube do então presidente Viktor Ianukovych (2010-2014), a guerra no leste da Ucrânia, a detenção dos marinheiros ucranianos pela guarda-costeira russa ou uma suposta ingerência de Kiev nas presidenciais norte-americanas de 2016.
A cadeia ucraniana anunciou a decisão de não emitir o filme após consultar o conselho editorial internacional do canal, que recomendou a sua não difusão para essencialmente proteger os seus trabalhadores.
A medida foi tomada após "os ataques terroristas cometidos, a ameaça à vida e saúde dos jornalistas e a viabilidade das ameaças do chefe da organização Nebaiduzhi (Indiferente, extrema-direita), o alheamento do Governo (...) e a incapacidade de proteger plenamente os direitos dos jornalistas caso sejam aplicadas sanções ao canal".
A cadeia ucraniana tinha pedido previamente aos organismos de segurança para protegerem os seus trabalhadores face às ameaças de forças radicais que "tentam influir na política editorial da cadeia", mas segundo a 112 o Governo não aplicou qualquer medida.
No sábado, membros de grupos de extrema-direita atacaram o edifício do canal ucraniano com lança-granadas, um ato qualificado pela cadeia de "ato terrorista" e que foi condenado pela Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).
"A segurança dos funcionários do canal de televisão 112 Ucrânia e da sua página digital 112ua é a nossa prioridade", assinalou o diretor-geral do grupo, Ehor Benkendorf, que pediu ao Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy, ao ministério do Interior e ao Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) que "garantam o direito ao trabalho e à segurança dos trabalhadores do canal".
A cadeia de televisão também condenou a censura e as tentativas de perturbar a sua atividade, e sublinhou que estes acontecimentos se inserem "na situação insatisfatória associada à manutenção da liberdade de expressão na Ucrânia".
O canal 112 Ucrania acrescentou que o documentário de Oliver Stone "não viola qualquer lei ucraniana" e recordou que vai ser exibido em 70 países.
Canal televisivo ucraniano cancela documentário de Oliver Stone após ataques
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