Projeto de lei pretende remover estátuas do General Robert E. Lee e outros líderes da Confederação do Capitólio dos Estados Unidos. Diploma também autoriza a eliminação de Roger B. Taney, autor de uma decisão em 1857 em que declarou que os afro-americanos não podiam ser cidadãos.
A Câmara dos Representantes aprovou na quarta-feira um projeto de lei para remover estátuas do General Robert E. Lee e outros líderes da Confederação do Capitólio dos Estados Unidos, foi hoje anunciado.
O diploma, aprovado na sequência dos protestos contra o racismo que abalaram os Estados Unidos, também autoriza a eliminação de um busto do antigo presidente do Supremo Tribunal Roger B. Taney, autor de uma decisão em 1857 em que declarou que os afro-americanos não podiam ser cidadãos.
O projeto de lei ordena ao arquiteto do Capitólio que identifique e retire pelo menos 10 estátuas de militares da Confederação, incluindo Lee, o general que liderou o exército do Sul na guerra civil americana, e Jefferson Davis, presidente da Confederação de estados esclavagistas.
Três estátuas de homenagem a supremacistas brancos - incluindo o antigo vice-presidente dos Estados Unidos John C. Calhoun, da Carolina do Sul - também poderão vir a ser removidas.
"Os defensores de sedição, escravatura, segregação e supremacia branca não têm lugar neste templo da liberdade", disse o líder da maioria da Câmara dos Representantes, Steny Hoyer, numa conferência de imprensa no Capitólio, antes da votação, em declarações citadas pela agência de notícias Associated Press (AP).
A Câmara dos Representantes aprovou o diploma por 305 votos a favor e 113 contra, enviando-o para o Senado, cuja maioria é detida pelos Republicanos.
Mesmo que a legislação seja aprovada em ambas as câmaras, seria necessária a assinatura do Presidente Donald Trump, que se opôs à remoção de estátuas noutros locais do país.
Trump condenou igualmente os manifestantes que derrubaram estátuas durante os protestos contra o racismo e a brutalidade policial, iniciados após a morte de George Floyd às mãos da polícia, em maio.
A presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, tinha apelado em 10 de junho à retirada das estátuas dos líderes da Confederação do Capitólio, tendo ordenado uma semana depois a remoção de retratos de quatro antigos dirigentes da Confederação.
A contestação a estátuas de personalidades ligadas à escravatura surgiu na sequência de manifestações desencadeadas em todo o mundo, depois da morte do afro-americano George Floyd, asfixiado por um polícia branco, em 25 de maio.
Os protestos antirracistas levaram à remoção e vandalização de várias estátuas de figuras controversas, como as de Winston Churchill em Londres (Inglaterra) ou do navegador do século XV Cristóvão Colombo.
Câmara dos Representantes dos EUA aprova remoção de estátuas da Confederação do Capitólio
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