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Brexit: Eurocépticos pedem a May para preparar saída sem acordo

24 de junho de 2018 às 16:28
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Numa carta aberta, 60 deputados, economistas e responsáveis de empresas acusam a UE de ser "intransigente" nas negociações para a saída do Reino Unido do bloco.

Políticos e empresários britânicos pró-'brexit' pediram à primeira-ministra Theresa May para estar preparada para sair da União Europeia (UE) sem um acordo comercial, apesar das advertências dos grandes fabricantes de que tal representará um desastre económico.

Numa carta aberta, 60 deputados, economistas e responsáveis de empresas acusam a UE de ser "intransigente" nas negociações para a saída do Reino Unido do bloco, defendendo que os britânicos deviam ameaçar reter os 39 mil milhões de libras (44,3 mil milhões de euros) que já concordaram pagar pelo "divórcio".

A carta, divulgada este domingo por Economists for Free Trade (Economistas pelo Comércio Livre), foi assinada por destacados apoiantes de um 'brexit' duro, incluindo o ex-ministro das Finanças Nigel Lawson e os deputados conservadores John Redwood e Peter Bone.

Os signatários pedem às autoridades para "acelerarem os preparativos para um caso de não haver acordo e uma mudança para um acordo de comércio sob as regras da OMC (Organização Mundial do Comércio)".

Isso representará tarifas e outras barreiras comerciais entre o Reino Unido e a União Europeia e muitos empresários dizem que prejudicará a economia britânica.

A Airbus, a Siemens e a BMW advertiram recentemente que a saída da União sem um acordo de comércio prejudicará as empresas e custará postos de trabalho.

No sábado, dezenas de milhares de manifestantes anti-'brexit' pediram em Londres um segundo referendo sobre a saída da União Europeia, dois anos depois da primeira consulta na qual os britânicos aprovaram o abandono do bloco comunitário.

"O 'brexit não é inevitável. O 'brexit' pode ser parado", disse à multidão o líder do Partido Liberal Democrata (a terceira formação do país), Vince Cable.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.