Um dos supostos autores do ataque de domingo em Bondi Beach, uma praia popular nos arredores de Sydney, contra pessoas que participavam num evento comemorativo da comunidade judaica, tinha licença para porte de armas.
O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, anunciou esta segunda-feira que o seu Governo considera "endurecer as leis" de posse de armas, após o ataque no domingo numa praia popular em Sydney, que fez, pelo menos, 16 mortos.
Pessoas prestam homenagem às vítimas do tiroteio de Bondi Beach, em SydneyAP
"O Governo está preparado para tomar todas as medidas necessárias, incluindo a necessidade de endurecer as leis sobre armas", disse Albanese antes da reunião esta tarde do Gabinete Nacional, na qual participam os líderes das diferentes jurisdições do país.
Albanese precisou numa conferência de imprensa que, entre as possíveis medidas, pode vir a ser estabelecido um "limite no número de armas" por pessoa e a "revisão das licenças".
Um dos supostos autores do ataque de domingo em Bondi Beach, uma praia popular nos arredores de Sydney, contra pessoas que participavam num evento comemorativo da comunidade judaica, tinha licença para porte de armas.
"As circunstâncias das pessoas mudam. As pessoas podem radicalizar-se com o tempo. As licenças [de porte de arma] não podem ser perpétuas", afirmou o chefe do Governo australiano.
O ataque ocorreu por volta das 18:40, hora local (07:40 em Lisboa), de domingo, quando dois homens armados com espingardas abriram fogo contra a multidão reunida num parque próximo da praia, uma das mais movimentadas e turísticas do país.
Catorze pessoas - incluindo um dos assaltantes - morreram no local do crime e outras duas, nomeadamente uma menina com 10 anos e um homem de 40, faleceram posteriormente no hospital.
Pelo menos 42 pessoas ficaram feridas, sete das quais continuam em estado crítico.
As autoridades australianas confirmaram hoje que os alegados autores do ataque terrorista são um homem de 50 anos, que morreu após confrontos com a polícia, e o filho de 24 anos, que continua hospitalizado sob custódia policial.
A polícia indicou que não procura mais suspeitos e que o falecido tinha licença para armas de grande calibre desde 2015, possuindo, pelo menos, seis armas registadas em seu nome, e pertencia a um clube de armas.
O suposto assaltante "cumpria os critérios de elegibilidade para uma licença de porte de arma", disse numa conferência de imprensa anterior o comissário da Polícia de Nova Gales do Sul, cuja capital é Sydney, Mal Lanyon.
Albanese também confirmou que o assaltante hospitalizado foi investigado em 2019 pela agência de inteligência da Austrália (ASIO), mas que na altura foi determinado que "não representava uma ameaça", sem fornecer mais detalhes.
O canal de notícias ABC informou que a investigação analisou as supostas ligações entre este suspeito e uma célula do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) em Sydney.
O chefe do Governo australiano classificou o ataque terrorista como um "ato de pura maldade" e "de antissemitismo", e ordenou que as bandeiras do país fossem colocadas a meia haste.
Em 1996, a Austrália endureceu as leis de posse de armas depois do massacre de 35 pessoas na localidade turística de Porth Arthur; e em 2017, depois de vários incidentes armados perpetrados por extremistas islâmicos, promoveu uma amnistia que resultou na entrega de mais de 57.000 armas de fogo.
A atual Lei de Controlo de Armas regula o arsenal nas mãos de civis por meio de um sistema de licenças e proíbe a venda de todas as armas automáticas e semiautomáticas.
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