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De George Clooney a Stephen King. Do cinema às plataformas streaming. Os apelos à substiuição do presidente norte-americano na corrida democrata à presidência já surgem de todos os lados.
Chegou a hora do presidente dos Estados Unidos ser substituído? Algumas vozes importantes de Hollywood e da indústria do entretenimento dizem que sim.
REUTERS/Evelyn Hockstein
Joe Biden, que completa 82 anos em novembro, continua a perder apoio dentro do seu partido, e agora também das grandes celebridades, depois de no mês passado ter tido um desempenho instável noprimeiro debate presidencialcontra o candidato republicano e ex-presidente, Donald Trump.
Apesar de insistir na sua capacidade de concorrer e de vencer novamente a corrida à Casa Branca, a confiança de Biden não parece acalmar os espirítos de apoiantes de peso - que apelam agora ao seu afastamento.
George Clooney
REUTERS/Henry Nicholls
Num artigo de opinião para o The New York Times, o ator George Clooney, vencedor de um Óscar e um dos grandes dadores do partido democrata, escreveu que embora tenha um carinho muito especial por Joe Biden, os democratas "precisam de um novo candidato".
"Amo Joe Biden. Como senador. Como vice-presidente e como presidente. Considero-o um amigo e acredito nele. Acredito no carácter dele. Acredito na sua moral. Nos últimos quatro anos venceu muitas batalhas que enfrentou", escreveu na quarta-feira Clooney, de 63 anos. "Mas a única batalha que ele não consegue vencer é a luta contra o tempo. Nenhum de nós pode. É devastador dizer isto, mas Joe Biden com quem estive há três semanas na angariação de fundos não era o Joe "muito importante" Biden de 2010. Ele nem era o Joe Biden de 2020. Ele era o mesmo homem que todos testemunhamos no debate."
Assim, apelou aos "principais democratas", incluindo ao líder da maioria no Senado dos Estados Unidos, Chuck Schumer, ao membro da Câmara dos Representantes, Hakeem Jeffries, e à ex-presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, que pedissem "a este presidente que se afaste voluntariamente". Mencionou, posteriormente, exemplos particulares de responsáveis que o país deveria ouvir.
É o caso da vice-presidente, Kamala Harris, e os governadores Wes Moore (de Maryland), Gretchen Whitmer (do Michingan), e Gavin Newsom (da Califórnia).
Stephen King
REUTERS/Tom Brenner
Na segunda-feira, 8 de julho, também o célebre escritor americano e autor de best-sellers, Stephen King, tweetou que embora "Joe Biden tenha sido um ótimo presidente", está na hora de, "no interesse da América, anunciar que não concorrerá novamente" à presidência, escreveu no X.
Netflix
REUTERS
O cofundador da Netflix, Reed Hastings, também foi muito claro no seu pedido. Apelou a que o presidente norte-americano desistisse da corrida.
"Biden precisa de se afastar para permitir que um líder democrata vigoroso derrote Trump e nos mantenha seguros e prósperos", escreveu num e-mail ao The New York Times.
Michael Moore
REUTERS/Shannon Stapleton
O diretor de cinema e produtor, Michael Moore, foi um pouco mais longe na sua argumentação. Durante um comentário na estação de televisão MSNBC, Moore, de 70 anos, acusou o Partido Democrata de cometer "abuso de idosos" ao pressionar o político a continuar a sua campanha eleitoral.
"O problema é que penso que existe aqui uma forma de abuso de idosos, onde o Partido Democrata e as pessoas que fazem parte do aparato, o pressionam e pressionam para que fique. Então ele sai e diz 'eu vou ficar', e a família diz 'ele vai ficar'", defendeu.
"Não sei quanto a si, mas apesar das minhas críticas a Biden, assistir ao debate de há uma semana foi de partir o coração. Foi do género: imagine que era o seu pai lá em cima", acrescentou. "Estou a pensar, por que é que ninguém faz nada? Por que o deixaram subir ao palco nestas condições? Quem é que está a cuidar dele? Quem está a cuidar dele agora?", questinou.
Disney
REUTERS/Kim Kyung-Hoon
Na semana passada, a herdeira da Disney, Abigail Disney, e dadora democrata de longa data, saudou o presidente como "um bom homem" que serviu o país "admiravelmente", mas avisou que o Partido Republicano de Donald Trump iria vencer as eleições em novembro, caso não fossem realizadas alterações à liderança do partido de Biden.
"Tenciono interromper quaisquer contribuições ao partido, a menos e até que substituam Biden no topo da lista", afirmou num comunicado partilhado com a emissora de televisão CNBC.
Apesar dos apelos e tentativas de boicotes, o presidente em exercício permanece desafiador. Numa carta aberta enviada aos democratas na segunda-feira, 8 de julho, Joe Biden disse estar "firmemente comprometido em permanecer nesta corrida, em levá-la até ao fim e em derrotar Donald Trump".
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