Abdel-Majed Abdel Bary, de 32 anos, terá publicado uma fotografia de si próprio a segurar uma cabeça decapitada, enquanto visitava a Síria. O antigo rapper está detido em Espanha, desde 2020.
O antigorapperbritânico, Abdel-Majed Abdel Bary, foi a julgamento em Madrid, na passada quarta-feira. Em causa está o facto de, em agosto de 2014, ter alegadamente publicado no Twitter, uma imagem de si próprio a segurar uma cabeça decapitada na cidade síria de Raqqa. Na legenda lia-se: "A divertir-me com o meu amigo, ou com o que resta dele".
Twitter
Os procuradores, que o acusaram também de "burlas online", em conjunto com dois amigos, com o objetivo de financiar "atividades terroristas", estão a pedir uma pena de nove anos de prisão.
Em tribunal, Abdel Bary negou todas as acusações de que foi alvo, inclusive de possuir contas no Twitter, que promovam o Estado Islâmico. "A Al-Qaida e todos os extremistas radicais... Odeio-os. Não concordo com a sua ideologia nem com as suas ações", disse. Relativamente à fotografia, garantiu que não era ele.
O antigo rapper de 32 anos, que está detido em Espanha desde 2020, já tinha sido processado por um tribunal especialista em matérias de terrorismo, por ser suspeito de se ter juntado ao Estado Islâmico e por ter alegadamente assassinado o jornalista americano James Foley, durante uma viagem que fez à Síria entre 2013 e 2015.
Obama was so upset that ISIS beheaded American journalist James Foley that he continued his vacation & went golfing. #ObamaLegacypic.twitter.com/AeibHc82eV
Quando foi detido, em abril de 2020, na cidade de Almería, vários dias depois de ter chegado de barco da Argélia, a polícia descreveu-o como um dos "combatentes terroristas estrangeiros mais procurados" do Estado Islâmico.
"Acho absurdo que [a acusação] diga que sou um dos combatentes terroristas estrangeiros", disse em tribunal, citado pelo jornal The Guardian. O britânico-egípcio alegou ainda ter ido até à Síria por "razões humanitárias".
O antigo rapper, a quem foi retirada posteriormente a cidadania britânica, devido às suas ligações ao grupo terrorista, é filho de Adel Abdel Bary, um egípcio que, em 2015 foi condenado a 25 anos de prisão, por um tribunal norte-americano. Em causa esteve o seu envolvimento, em 1998, em atentados bombistas contra as embaixadas dos Estados Unidos no Quénia e na Tanzânia, que resultaram na morte de 224 pessoas e causaram 5 mil feridos.
Durante a carreira de rapper em Londres, Abdel-Majed Abdel Bary era conhecido como Lyricist Jinn e como L Jinny, e atuou com um grupo chamado Black Triangle. Em julho de 2013, deixou a família e foi para Raqqa, a cidade-fortaleza do Estado Islâmico.
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