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Antes de sair da Casa Branca Biden amnistia cerca de 1.500 pessoas

É esperado que nas próximas semanas sejam concedidos mais perdões, uma vez que a Casa Branca avançou que está a analisar todos os pedidos.

O presidente dos Estados Unidos amnistiou esta quinta-feira cerca de 1.500 pessoas que se encontravam em prisão domiciliária. Joe Biden vai ainda perdoar cidadãos norte-americanos condenados por crimes não violentos.  

REUTERS/Kevin Lamarque

Esta é uma decisão tornada pública uma semana depois de Joe Biden ter concedido um perdão incondicional ao seu filho Hunter Biden e depois de as autoridades terem tornado público que a Casa Branca estava a receber pedidos para que o mesmo perdão fosse estendido a milhares de pessoas que foram injustiçadas pelo sistema judiciário dos Estados Unidos.  

A amnistia foi concedida aqueles que tinham sido colocados em confinamento domiciliário durante a pandemia e acabaram por permanecer em prisão domiciliária. Nos primeiros meses da pandemia de covid-19 o vírus propagou-se pelos estabelecimentos prisionais norte-americanos, o que levou a uma avaliação daqueles que poderiam ser enviados para casa.   

Biden argumentou que todos os perdoados teriam recebido sentenças mais curtas se tivessem sido acusados de acordo com as leis, políticas e práticas atuais: "Como presidente tenho o grande privilégio de estender misericórdia às pessoas que demonstraram remorsos e reabilitação, restaurando a oportunidade para os americanos participarem na vida quotidiana e contribuírem nas suas comunidades, e tomando medidas para remover as disparidades de sentenças para os infratores não violentos, especialmente aqueles condenados por crimes relacionados com drogas". 

O líder norte-americano avançou ainda que vão ser tomadas mais medidas nas próximas semanas e que o seu governo está a analisar todos os pedidos de amnistia.  

O presidente eleito Donald Trump vai tomar posse no dia 20 de janeiro e já referiu que no seu primeiro dia na Casa Branca iria amnistiar todos os envolvidos no ataque ao Capitólio, a 6 de janeiro de 2021.  

É habitual que os presidentes norte-americanos concedam clemências no final dos seus mandatos, utilizando o seu poder para pôr fim a penas de prisão.

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