Kremlin diz que separatistas da Ucrânia pediram ajuda militar

A Rússia anunciou que os separatistas ucranianos lhes pediram ajuda militar esta quarta-feira para travar a "agressão" ucraniana. Este anúncio surge pouco depois da Ucrânia ter decretado estado de emergência a nível nacional o que permite aos cidadãos usarem armas para se defenderem.

Na Ucrânia aumenta ao receio de uma ofensiva militar russa, depois de Vladimir Putin ter reconhecido a independência de Donetsk e Logansk, as duas regiões separatistas ucranianas.

O porta voz do Kremlin Dmitry Peskov anunciou que os chefe dos rebeldes escreveu a Putin para lhe pedir que interviesse depois de um alegado ataque da Ucrânia que teria causado vítimas entre os civis.

Ucrânia aprova estado de emergência

O parlamento da Ucrânia acaba de aprovar a declaração de estado de emergência para todo o país. A mesma tem como exceção as duas regiões no este, Donetsk e Lugansk, onde o estado vigora desde 2014.

A proposta tinha sido avançada pelo presidente, Volodymyr Zelensky, na quarta-feira, após a escalada de conflito com a Rússia e seu o reconhecimento da independência dos autoproclamados "estados independentes".

O estado de emergência pode levar a restrições de liberdade de movimentos, na distribuição de informação e à facilidade na validação de medidas, entrando em vigor já esta quinta-feira.

Paris e Berlim iluminam-se com as cores da Ucrânia

Berlim e Paris iluminaram-se esta quarta-feira com as cores azul e amarelo (da bandeira da Ucrânia), para mostrar união e solidariedade com Kiev.

Na capital alemã iluminou-se a Porta de Brandemburgo, e em Paris foi a câmara municipal o marco arquitetónico escolhido.

"Estamos a mostrar a nossa solidariedade com o povo da Ucrânia, com os muitos berlinenses com raízes ucranianas, mas também com os muitos russos que querem a paz entre a Rússia e a Ucrânia", declarou a presidente da câmara de Berlim, Franziska Giffey.

Suíça adia sanções à Rússia

A Suíça decidiu adiar a aplicação de sanções próprias à Rússia. No entanto, o governo garante que quer evitar que o país seja usado para contornar as sanções da União Europeia (UE).

"O Conselho Federal deseja garantir que a Suíça não será usada como plataforma para circum-navegar as sanções impostas pela UE", refere o governo em comunicado, citado pela Reuters. Acrescentado que se mantém em contacto com vários países para troca de informações sobre a situação.

A Suíça pode vir a adotar medidas obrigatórias para aplicar as sanções adotadas pelas Nações Unidas, da OSCE ou os parceiros comerciais da Suíça de forma a cumprir a lei internacional, em especial o respeito pelos direitos humanos, acrescentou o governo. 

Ainda assim, fica a condenação do reconhecimento russo das duas regiões separatistas ucranianas, uma atitude de reconhecem viola as leis internacionais e mina a soberania da Ucrânia. Para a Suíça, Lugansk e Donetsk são regiões ucranianas.

A Suíça neutral, manteve-se assim em 2014, não tendo adotado as sanções da UE contra a anexação da Crimeia por parte da Rússia. Em vez disso, implementou medidas que evitassem a utilização do país e das suas instituições financeiras como forma de contornar as sanções.

Líderes europeus reunidos para discutir resposta da UE a Moscovo

Os líderes dos Estados-membros da União Europeia vão reunir-se esta quinta-feira em Bruxelas para discutir a resposta dos 27 a Moscovo depois de Putin ter ordenado às suas tropas que entrassem na região do Donbass. "É importante que continuemos unidos e determinados e que definemos juntos a nossa abordagem e ações coletivas", defendeu Charles Michel, presidente do Conselho Europeu.

Ucrânia impõe serviço militar aos homens dos 18 aos 60 anos

A Ucrânia já declarou o estado de emergência e apelou aos seus cidadãos na Rússia que fujam, ao mesmo tempo que Moscovo começou a evacuar a embaixada em Kiev. Na linha da frente junto às regiões que compõem o Donbass, os ataques sucederam-se. Além do estado de emergência, o governo ucraniano anunciou que o serviço militar, no máximo de um ano, será obrigatório para todos os homens em idade de lutar: dos 18 aos 60 anos.

Ucrânia denuncia ataque informático massivo

Os sites do governo, do Ministério dos Negócios Estrangeiros e dos serviços de segurança do Estado da Ucrânia estiveram indisponíveis devido ao que o governo ucraniano descreveu como outro ataque informático massivo, atribuindo as responsabilidades à Rússia. Esta semana, as autoridades já tinham avisado para os avisos em como oshackersiam começar a lançar ataques abrangentes a agências governamentais, bancos e ao setor da defesa. Alguns bancos também terão sido afetados.

Rússia ataca em Lugansk e Donetsk se separatistas pedirem

Andrey Turchak, um membro proeminente do partido no poder na Rússia, afirmou que o exército russo entraria nas duas zonas reconhecidas como independentes (Lugansk e Donestsk) se os líderes separatistas o pedissem. Também esta quarta-feira, Denis Pushilin, que representa os separatistas pró-russos em Donetsk, disse que não vai ordenar para já um ataque aos ucranianos na linha da frente mas que também não descarta uma "solução militar" para expandir as fronteiras da região. "Ainda não estamos nesse ponto. Estamos no ponto em que as forças inimigas estão colocadas na linha da frente e podem passar à ofensiva a qualquer momento."

Rússia promete responder fortemente contra sanções dos EUA

O Ministério dos Negócios Estrangeiros russo prometeu responder de forma forte a novas sanções aplicadas pelos EUA de uma maneira que seria sensível e medida contra Washington, acrescentando que as medidas impostas contra Moscovo vão contra os interesses norte-americanos.

Polónia e Lituânia pedem que Ucrânia seja tratada como candidata a entrar na UE

A Ucrânia merece estatuto de candidata à entrada na União Europeia e a Polónia e a Lituânia vão apoiá-la nesse objetivo, defenderam os presidentes dos dois países numa declaração conjunta com Volodymyr Zelensky, o presidente ucraniano. "Sublinhamos que, dado o progresso significativo na implementação do Acordo de Associação e reformas internas, bem como os presentes desafios de segurança, a Ucrânia merece estatuto de candidata a entrada na UE e a Lituânia e a Polónia vão apoiá-la para alcançar este objetivo", indica a declaração assinada por Zelensky, pelo presidente polaco Andrzej Duda e pelo presidente lituano Gitanas Nauseda. A mesma declaração pede sanções "robustas" contra a Rússia. 

Turquia diz não poder cortar laços nem com a Rússia nem com a Ucrânia

O presidente turco, Recep Erdogan, informou esta quarta-feira que a Turquia não pode abandonar as suas alianças com a Rússia ou a Ucrânia, criticando a diplomacia ocidental por não ter tido sucesso na sua negociação com Moscovo. 

De acordo com a NTV, Erdogan reforçou a sua disponibilidade para mediar as conversas entre a Rússia, Ucrânia e a NATO por ter "boas ligações com todos". "Não é possível abandonar qualquer um dos países", sublinhou o presidente turco. "O nosso objetivo é que consigamos dar um passo que, se Deus quiser, consiga solucionar isto sem termos de abandonar ninguém.

O presidente da Turquia, Erdogan, enviou uma mensagem à Rússia na terça-feira e disse que o reconhecimento da Rússia das regiões ucranianas é uma clara violação da unidade política, soberania e integridade territorial da Ucrânia, informou a Agência Anadolu.

Imagens de satélite mostram atividade na fronteira entre a Rússia e a Bielorrússia

Ucrânia deverá aplicar estado de emergência durante 30 dias

O Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia pediu ao parlamento ucraniano que seja imposto o estado de emergência no país durante 30 dias. Lugansk e Donetsk ficam de fora das áreas abrangidas porque já se encontram nessa condição há muitos anos. O Conselho reuniu depois de a Rússia ter começado a movimentar as suas tropas além da fronteira com a Ucrânia, para dentro das áreas separatistas cuja independência reconheceu na segunda-feira, e os EUA terem anunciado que a invasão da Ucrânia tinha começado. Alexei Danilov, secretário do Conselho, explicou que o estado de emergência permite ao governo impôr restrições nos movimentos, por exemplo, mas que não está em cima da mesa por enquanto o recolher obrigatório. O governo ucraniano também vai chamar 36 mil militares na reserva.

Após pedir "moderação", China ataca EUA

A China acusou hoje os Estados Unidos de "atirar gasolina para o fogo" na crise da Ucrânia, por vender armas a Kiev e "aumentar as tensões", um dia depois de ter pedido contenção a todos os envolvidos.

"Os Estados Unidos estão a vender armas à Ucrânia, a aumentar as tensões, a criar pânico e até a exagerar o cronograma para uma guerra", disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Hua Chunying.

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Serviços secretos russos dizem ter impedido terrorismo na Crimeia

O Serviço Federal de Segurança (FSB) da Rússia alega ter impedido "um ato de terrorismo" na Crimeia anexada e prenderam seis cidadãos russos por serem apoiantes de um grupo extremista ucraniano, revelou a agênica noticiosa estatal RIA. Também alega que foram apreendidos componentes para se fazerem explosivos. Em 2014, a Rússia anexou a Crimeia, que integrava a Ucrânia.

Ucrânia aprova lei que permite porte de arma aos cidadãos

O parlamento ucraniano aprovou uma lei que prevê autorização de porte de arma aos cidadãos nacionais para poderem agir em autodefesa, avança a agência Reuters.

"A adoção desta lei é inteiramente do interesse do estado e da sociedade", escreveram os autores do projeto-lei acrescentando que a lei se tornava necessária devido aos perigos e ameaças existentes para os cidadãos da Ucrânia.

Parlamento ucraniano aprovou sanções a 351 russos

O parlamento ucraniano aprovou sanções a 351 russos, incluindo juristas que apoiaram o reconhecimento dos territórios separatistas e a entrada dos russos no leste da Ucrânia.

As sanções impedem estes russos de entrarem na Ucrânia, proibindo o acessoa a capitais, propriedades ou obter licenças de negócios.

Ucrânia apela aos cidadãos que abandonem a Rússia

O ministro dos Negócios Estrangeiros apelou aos cidadãos ucranianos a viver na Rússia para que abandonassem o país e pediu a todos os ucranianos que planeassem visitar aquele país que se abstenham de o fazer.

Dmytro Kuleba apelou também a que os parceiros da Ucrânia impusessem mais sanções à Rússia. "Para travar que Putin consiga ir mais longe, pedimos aos parceiros que imponham mais sanções à Rússia imediatamente. Os primeiros passos decisivos foram tomados ontem e estamos gratos por eles. Agora é necessário aumentar a pressão para travar Putin. Atingir a economia e os seus comparças. Atingir mais. Atingir com força. Atingir agora", pode ler-se notweetpartilhado esta manhã.

Um soldado ucraniano morto e seis feridos

O exército ucraniano disse esta manhã que um soldado ucraniano morreu e seis ficaram feridos durante os combates na região separatista nas últimas 24 horas, de acordo com aReuters.

Putin garante que segurança e interesses dos russos são "inegociáveis"

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse esta quarta-feira que está disposto a dialogar com a Ucrânia e o Ocidente para a resolução do conflito, mas que nunca será a favor d euma solução que ponha em causa os "interesses da Rússia". 

"O nosso país está sempre aberto ao diálogo e para encontrar soluções diplomáticas para os problemas mais complexos", afirmou Putin num discurso citado pelo jornal britânico The Guardian. Mas sublinhou que os "interesses da Rússia" e a "segurança" dos seus cidadãos são temas "inegociáveis".

"Vamos continuar a desenvolver sistemas avançados de armamento, incluindo armamento hipersónico e baseado em novos princípios físicos, bem como expandir o uso de tecnologias digitais avançadas que façam uso da inteligência artificial", afirmou ainda o presidente russo.

Japão e Austrália anunciam sanções contra a Rússia e territórios separatistas

Bom dia,

Mantém-se as sanções contra a Rússia e os territórios separatistas de Lugansk e Donetsk. Acompanhe a situação junto à fronteira Ucrâniana durante o dia com a SÁBADO.

O Japão e a Austrália anunciaram hoje sanções contra a Rússia e os territórios separatistas pró-russos de Lugansk e Donetsk, que o Presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu na segunda-feira como independentes.

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse que o governo vai proibir nova emissões e distribuição de títulos de dívida soberana russa no Japão, em resposta às "ações da Rússia na Ucrânia".

Kishida disse que o país vai também proibir o comércio com Lugansk e Donetsk, suspender a emissão de vistos para as pessoas ligadas às duas zonas do leste da Ucrânia e congelar os bens desses indivíduos no Japão.

O primeiro-ministro nipónico adiantou que as sanções vão entrar em vigor "o mais depressa possível".

Kishida indicou que o Japão está preparado para adotar medidas adicionais, se a situação piorar, em coordenação com os restantes países-membros do G7.

O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, anunciou sanções contra instituições bancárias como o VEB, um dos maiores bancos de investimento e desenvolvimento da Rússia, e o banco militar russo, entre outros.

A Austrália vai também impor sanções contra indústrias de diversos setores, como a energia, mineração e hidrocarbonetos, das regiões de Donestsk e Lugansk, que passam ainda a ser abrangidas por sanções impostas em 2011 à Crimeia e a Sebastopol, então ocupadas pela Rússia.