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Dois sobreviventes e 179 mortos na queda do avião na Coreia do Sul

As autoridades aeroportuárias disseram que o avião estava a tentar uma aterragem forçada, após uma primeira tentativa de aterragem ter falhado.

À exceção de dois sobreviventes, foram confirmadas como mortas as restantes 179 pessoas a bordo do avião da companhia Jeju Air que se despenhou na Coreia do Sul, anunciaram hoje os bombeiros sul-coreanos.

REUTERS/Kim Hong-Ji

"Dos 179 mortos, 65 já foram identificados", indicaram, precisando que continuam a ser retiradas amostras de ADN.

Os sobreviventes do acidente, que ocorreu às 09:03 de hoje (hora local, 00:03 em Lisboa), são dois membros da tripulação resgatados pelas equipas de socorro do avião, que se incendiou após uma aterragem de emergência.

As duas caixas-negras do avião, "o gravador de voz da cabine e o gravador de dados de voo já foram recuperados", disse o vice-ministro dos Transportes sul-coreano, Joo Jong-wan, numa conferência de imprensa.

A queda do avião, que descolou de Banguecoque (capital da Tailândia), em Muan, no sudoeste da Coreia do Sul e a 290 quilómetros a sul da capital, Seul, provavelmente devido a uma colisão com pássaros, é o pior desastre aéreo da história do país.

Segundo o Ministério dos Territórios, a torre de controlo alertou a tripulação do voo JJA-2216 sobre uma colisão com pássaros e o piloto emitiu uma mensagem de alerta ("Mayday") antes de o avião cair dois minutos depois ao tentar aterrar.

De acordo com a polícia e bombeiros, o avião, um Boeing 737-8AS, colidiu com uma vedação de betão e incendiou-se, tendo ficado "quase completamente destruído".

O chefe de Estado interino, nomeado na sexta-feira num país abalado por uma grave crise política, Choi Sang-mok, presidiu a uma reunião governamental de emergência e foi a Muan à tarde.

O fabricante Boeing, por seu turno, indicou estar em contacto e pronto para apoiar a Jeju Air, que apresentou as suas "sinceras desculpas", num comunicado divulgado nas suas redes sociais.

O Papa disse hoje ter rezado pelas vítimas do desastre e seus familiares.

O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou pesar pelas "consequências devastadoras" da queda do avião na Coreia do Sul, apresentando condolências e solidariedade, numa mensagem divulgada na página oficial da Presidência da República.

Os acidentes aéreos são raros na Coreia do Sul. O mais mortífero ocorrido no país até agora tinha sido o de 15 de abril de 2002, quando um Boeing 767 da Air China vindo de Pequim caiu numa colina perto do aeroporto de Busan-Gimhae, causando 129 mortos.

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