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Putin pede desculpas pelo acidente com o avião da Azerbaijan Airlines

Débora Calheiros Lourenço
Débora Calheiros Lourenço 28 de dezembro de 2024 às 13:44
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O presidente russo referiu que a cidade estava a ser atacada "por drones de combates ucranianos e a defesa aérea russa estava a repelir esses ataques", ainda assim não terá referido que foi a força aérea russa a atingir o avião.

O presidente russo pediu desculpas pelo que o Kremlin considerou ser um "trágico incidente" no espaço aéreo russo que levou um avião da Azerbaijan Airlines a despenhar-se na passada quarta-feira.

O acidente resultou na morte de 38 pessoas e 29 feridos e o Kremlin refere que na mesma altura em que o avião tentava pousar em Grozny, cidade no sul da Rússia, drones ucranianos estavam a atacar o país e as forças de defesa aérea russa tentavam repelir os ataques.

Putin entrou em contacto com o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, para explicar que "Grozny, Mozdok e Vladikavkaz estavam a ser atacadas por drones de combates ucranianos e a defesa aérea russa estava a repelir esses ataques", ainda assim não terá referido que foi a força aérea russa a atingir o avião.

Aliyev já tinha referido que o avião de passageiros foi submetido a uma interferência física e técnica estranha enquanto sobrevoava o espaço aéreo russo, que fez com que os pilotos perdessem completamente o controlo e o avião foi desviado para Aktau, cidade do Cazaquistão onde acabou por se despenhar.

Já o presidente ucraniano expressou as suas condolências ao presidente do Azerbeijão e utilizou a rede social X para afirmar: "A principal prioridade agora é uma investigação completa para fornecer respostas a todas as perguntas sobre o que realmente aconteceu. A Rússia deve fornecer explicações claras e para de espalhar desinformação".

A Azerbaijan Airlines já suspendeu uma série de voos para cidades russas e disse que considerava que o acidente tinha sido causado pelo que designou de uma "interferência externa física e técnica".

A aeronave Embraer EMBR3.SA tinha voava de Baku, a capital do Azerbaijão, para Grozny, na região da Chechénia, antes de se vir obrigada a desviar centenas de quilómetros para o lado oposto do Mar Cáspio.

REUTERS/Azamat Sarsenbayev
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