Estação de televisão aceitou pagar ao presidente eleito dos EUA por causa das declarações de um pivot que afirmou que Trump foi condenado por violar a escritora E. Jean Carroll. Dinheiro será entregue a uma instituição à escolha de Trump.
A ABC News vai pagar 15 milhões de dólares (cerca de 14,2 milhões de euros) à biblioteca presidencial de Donald Trump para chegar a acordo num caso em que era acusado pelo presidente eleito dos EUA de difamação. Em causa estão declarações feitas pelo pivot George Stephanopoulos, a 10 de março, de que Trump foi condenado num processo civil por violar a escritora E. Jean Carroll.
REUTERS/Brian Snyder
A empresa de media vai ainda pagar um milhão de dólares à empresa de advogados que representou Donald Trump. O pagamento que vai ser feito à biblioteca presidencial é classificado como "uma contribuição de solidariedade", já que o dinheiro será canalizado para uma ONG à escolha da organização que ainda está para ser construída (é tradição nos EUA cada presidente ter a sua biblioteca).
"Estas satisfeitos que as partes tenham chegado a um acordo para dissolver o caso em tribunal", afirmou a porta-voz da ABC News, Jeannie Kedas, citada pela Associated Press. Do lado do presidente eleito ainda ninguém comentou o caso.
O acordo foi assinado na sexta-feira e tornado público no sábado. Anulando assim o pedido feito pelo Tribunal Federal da Flórida para que os dois envolvidos no caso testemunhassem na próxima semana.
O caso remonta a 10 de março, quando George Stephanopoulos disse por duas vezes, no seu programa This Week, enquanto entrevistava a deputada republicana Nancy Mace, que Donald Trump tinha sido "condenado por violação" e por "difamação de vítima de violação". Porém, nenhum dos veredictos envolveu chegar à conclusão de que houve violação, segundo o que está descrito na lei de Nova Iorque.
No primeiro dos processos judiciais, Trump foi considerado culpado de abuso sexual e difamação de Carroll. Foi condenado por um júri a pagar 5 milhões de dólares à vítima. Em janeiro, num segundo julgamento no tribunal federal de Manhattan, foi condenado por denúncias adicionais de difamação, com uma indemnização de 83,3 milhões de dólares.
Os dois vereditos foram contestados por Trump que recorreu, não havendo ainda decisão, nem estando previsto que haja nos próximos anos, uma vez que tomará posse como presidente a 20 de janeiro.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Num mundo incerto e em permanente mudança, onde a globalização e a tecnologia redefinem o modo de conceber e fazer justiça, as associações e sindicatos de magistrados são mais do que estruturas representativas. São essenciais à vitalidade da democracia.
Só espero que, tal como aconteceu em 2019, os portugueses e as portuguesas punam severamente aqueles e aquelas que, cinicamente e com um total desrespeito pela dor e o sofrimento dos sobreviventes e dos familiares dos falecidos, assumem essas atitudes indignas e repulsivas.
