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Pamela Hemphill esteve envolvida nos motins de 6 de janeiro de 2021 no Capitólio e foi uma das 1.500 perdoadas por Trump. Recusa agora o perdão presidencial.
Pamela Hemphill tem 71 anos e, no dia 6 de janeiro de 2021, escreveu no Facebook que ia para a "guerra" no Capitólio. Tornou-se uma das participantes nos motins para travar a certificação dos resultados eleitorais que deram a vitória a Joe Biden e que provocaram a morte a pelo menos cinco pessoas. Conhecida como a "avó MAGA", foi condenada a 60 dias de prisão e três anos de liberdade condicional, mas Donald Trump perdoou-a, num dos primeiros atos depois de tomar posse para o segundo mandato.
AP Photo/Jose Luis Magana, File
Contudo, a "avó MAGA" recusou o perdão e vai enviar uma carta de rejeição à Casa Branca. Porquê? "É um insulto aos agentes da polícia do Capitólio, e ao Estado de Direito e à nação. Contribui para a propaganda de que foi um protesto pacífico, que o Departamento de Justiça está a ser usado como uma arma contra eles e contra Trump", sustentou ao jornal The Guardian.
Cerca de 1.500 pessoas que participaram no ataque ao Capitólio foram perdoadas ou viram as penas reduzidas pelo presidente dos EUA. Nesse dia, Pamela Hemphill foi empurrada, quase esmagada e os seus óculos partiram-se. Considera que a polícia lhe salvou a vida.
“Micki Witthoeft, mother of Ashli Babbitt – the woman who was shot and killed by police at the Capitol – mocked Hemphill on social media, calling her “Pamtifa”, in a reference to the leftwing anti-fascist group Antifa.”https://t.co/sYApsiOUkS
A 8 de janeiro de 2021, foi detida porque o FBI recebeu uma dica que indicava que ela tinha "planeado viajar e de facto viajou para Washington para o 6 de janeiro". A denúncia incluía os posts de Facebook em que escreveu "é uma GUERRA!" e "Feliz Ano Novo! A caminho do 6 de janeiro em Washington".
Pamela Hemphill interessou-se por política em 2011, quando se reformou. Começou a falar com os Proud Boys, um grupo de extrema-direita que teve um papel determinante no ataque, e com eles entrou no Capitólio. Fez streaming de tudo o que acontecia no YouTube.
Em janeiro de 2022, acabou por receber a sua sentença e foi maltratada pelos apoiantes do movimento MAGA, que disseram que as suas imagens fizeram com que fossem descobertos. Aí, Pamela Hemphill começou a ver o MAGA como um "culto". Micky Witthoeft, mãe de Ashli Babbit - amotinada morta pela polícia no Capitólio - chamou-lhe "Pamtifa", associando-a ao movimento Antifa, de antifascista.
"Este culto MAGA e estes criminosos do 6 de janeiro e todas as suas famílias estão muito aborrecidas que eu revele os factos quando eles dizem alguma coisa", frisou a avó MAGA ao The Guardian. Alcóolica em recuperação, está sóbria desde 1979 e hoje ajuda outras pessoas com adicções. Também teve apoio psicológico, e hoje diz que a reação MAGA é semelhante à de um "alcoólico: quando se está em negação, fica-se muito aborrecido."
Nas presidenciais de 2024, Pamela Hemphill apoiou Kamala Harris. Agora, tem uma mensagem para Trump: "Outras pessoas à tua volta disseram-te que as eleições não tinham sido roubadas. Fizeste-o na mesma, e mentiste ao mundo a dizer que tinham sido roubadas. Mas nós sabemos que não foi e tu sabes que nao foi. Mesmo assim queres continuar com a tua narrativa, mas vamos continuar a expor os factos para provar que estás errado."
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