Trump. Procuradores desistem de caso sobre interferência eleitoral em 2020
Procuradores citam uma política do Departamento de Justiça que impede a acusação criminal de presidentes em exercício de funções. Jack Smith também desistiu do caso dos documentos secretos.
Os procuradores norte-americanos pediram à juíza para desistir do caso que acusava Donald Trump de tentar inverter a sua derrota após as eleições presidenciais de 2020, citando a sua vitória no último ato eleitoral. Minutos depois, também deu entrada um pedido para desistir do caso que investigava se Trump tinha retirado documentos secretos da Casa Branca após abandonar o cargo.
A equipa do procurador especial Jack Smith recordou uma política do Departamento de Justiça - supervisionado pelo presidente dos EUA - que indica que os presidentes em exercício de funções não devem enfrentar acusações criminais.
Esta decisão mostra uma mudança por parte de Jack Smith, que tinha conseguido indiciar Trump em dois casos separados que acusavam o presidente-eleito de crimes que ameaçaram a integridade das eleições norte-americanas e a segurança nacional - e torna a sua vitória eleitoral numa legal também, descreve a agência noticiosa Reuters.
Em agosto de 2023, Donald Trump tinha-se dado como inocente de quatro acusações relacionadas com conspiração para obstruir a recolha e certificação dos votos após a sua derrota em 2020 contra Joe Biden. Tudo culminou com a invasão do Capitólio a 6 de janeiro de 2021, após um discurso do então presidente Trump na Casa Branca.
Quando tomar posse, Trump irá supervisionar o Departamento de Justiça, e esperava-se que ordenasse o fim à investigação. Negou quaisquer más-práticas e disse que o sistema legal dos EUA tinha sido colocado contra ele para afetar a sua campanha presidencial.
Agora, cabe à juíza Tanya Chutkan aprovar ou não o pedido dos procuradores.
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