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Presidente dos EUA espera cessar-fogo em Gaza a partir de 4 de março

Leonor Riso , Lusa 26 de fevereiro de 2024 às 22:57

Joe Biden fez declarações durante um evento em Nova Iorque.

Joe Biden, o presidente dos EUA, afirmou "ter esperança" de um cessar-fogo no conflito entre Israel e o Hamas na próxima semana. As declarações foram feitas durante uma visita política a Nova Iorque esta segunda-feira. O presidente norte-americano disse esperar que o cessar-fogo estivesse em vigor a 4 de março.

No domingo, dia 25, os Estados Unidos da América reforçaram a conclusão apresentada pelo Egito e afirmaram que foi encontrado um "meio-termo" durante as recentes negociações em Paris para garantir uma trégua em Gaza, segundo o conselheiro de segurança do Presidente.

EPA/SHAWN THEW

"É verdade que representantes de Israel, dos Estados Unidos da América, do Egito e do Qatar se reuniram em Paris e chegaram a um consenso entre si sobre as linhas gerais", disse o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, na estação televisiva norte-americana CNN, referindo-se a um possível acordo para a libertação de reféns e um cessar-fogo temporário.

"Não vou entrar em detalhes porque ainda estão a ser negociados", disse.

Segundo Sullivan, terá de haver espaço para negociações indiretas entre o Qatar, o Egito e o Hamas porque, em última instância, terão de concordar com a libertação de reféns.

"Esperamos que nos próximos dias possamos chegar a um ponto em que haja, de facto, um acordo sólido e final sobre esta questão", declarou.

O acordo inclui, numa primeira fase, a libertação de 30 reféns detidos pelo Hamas desde o ataque do grupo a Israel, em 7 de outubro, em troca de 300 prisioneiros palestinianos nas prisões israelitas.

"Além disso, nesta primeira fase, haverá um cessar-fogo completo e a retirada das forças israelitas de Gaza […], depois seguir-se-ão outras fases até à libertação de todos os reféns detidos pelo Hamas", acrescentaram fontes egípcias.

Durante esta primeira fase da trégua, "as negociações abordarão questões como o futuro de Gaza, a solução de dois Estados e o relançamento das negociações de paz israelo-palestinianas", indicaram também.

As fontes atribuíram o "desenvolvimento positivo" às "concessões feitas pelos representantes do Hamas relativamente a muitas das suas exigências".

O conflito em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeado pelo ataque do movimento islamita em território israelita em 7 de outubro.

Nesse dia, cerca de 1.200 pessoas foram mortas, na sua maioria civis, mas também perto de 400 militares, segundo os mais recentes números oficiais israelitas. Cerca de 240 civis e militares foram sequestrados, com Israel a indicar que mais de 100 permanecem na Faixa de Gaza, território controlado pelo Hamas desde 2007.

Em retaliação, Israel, que prometeu destruir o movimento islamita palestiniano, bombardeia desde então a Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local liderado pelo Hamas, já foram mortas mais de 29 mil pessoas, na maioria mulheres, crianças e adolescentes.

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