Dezenas de pessoas terão morrido esmagadas por quem tentava chegar ao camião, outras foram mortas por soldados israelitas que abriram fogo por, alegadamente, se sentirem ameaçados.
Mais de 100 pessoas morreram em Gaza enquanto tentavam aceder a ajuda humanitária. O Hamas acusa as tropas israelitas de serem responsáveis pelo massacre, enquanto as forças de segurança israelitas dizem que as vítimas morreram esmagadas por outros palestinianos que tentavam chegar aos camiões.
Israel Defense Forces/Handout via REUTERS
De acordo com o ministério da saúde de Gaza, controlado pelo grupo extremista do Hamas, pelo menos 112 pessoas morreram e 280 ficaram feridas no incidente mais mortífero das últimas semanas de guerra. De acordo com o Hamas, estas mortes vão dificultar asconversas de cessar-fogo no Qatar, bem como a libertação de reféns israelitas. Joe Biden, o presidente norte-americano, disse também saber que este incidente dificulta as conversações.
O exército israelita refere que foram enviados camiões com ajuda humanitária por entidades privadas como forma de ajudar a população mais necessitada da Faixa de Gaza. Junto a um dos camiões, dezenas morreram e ficaram feridas enquanto tentavam tirar os mantimentos, tendo sido esmagados, de acordo com o exército israelita. "Não houve qualquer ataque das Forças de Defesa de Israel sobre esta ajuda. As FDI [Forças de Defesa de Israel] estavam a conduzir uma operação humanitária", afirmou o porta-voz do exército israelita Daniel Hagari, numa conferência de imprensa.
Posteriormente, já depois de os camiões terem partido, uma multidão que estava por perto dirigiu-se aos soldados israelitas que, alegadamente, sentindo-se ameaçados abriram fogo sobre os civis, matando um número ainda desconhecido de pessoas, mas que o porta-voz israelita descreveu como uma "resposta limitada".
Da ONU chegou entretanto uma condenação. "O secretário-geral condena o incidente no norte de Gaza, no qual mais de uma centena de pessoas são dadas como mortas ou feridas enquanto procuravam ajuda vital", disse o porta-voz de António Guterres, Stéphane Dujarric, em comunicado.
Desde o início da guerra já terão morrido mais de 30 mil palestinianos, segundo as autoridades. Estes números são contestados por Israel que afirma que tem atacado "de forma estratégica" desde 7 de outubro e tentado minimizar os danos.
O exército israelita lançou uma ofensiva contra Gaza em retaliação aos ataques do grupo islamita palestiniano de 7 de outubro, que provocaram quase 1.200 mortos e 240 raptados.
Desde então, as autoridades de Gaza relataram a morte de mais de 30.000 palestinianos, além de mais de 400 na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, devido às ações das forças de segurança e aos ataques israelitas.
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