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Kim Jong-un pode estar em Pequim. Houve um comboio especial e reforço de segurança

27 de março de 2018 às 10:18

Esta poderá ser a primeira visita de estado de Kim Jong-un desde que subiu ao poder em 2012.

Estará o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, a realizar a sua primeira visita de estado? A chegada de um comboio norte-coreano a Pequim adensou os rumores, que foram confirmados por múltiplas fontes à Bloomberg. Nem o regime de Pyongyang, nem as autoridades chinesas confirmam a viagem.

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Kim Jong-un
Foto: KCNA
Foto: Reuters
Foto: Getty Images
Kim Jong-Un
Foto: KCNA/via REUTERS
Kim Jong-Un Samjiyon County
Foto: KCNA/via REUTERS
Foto: KCNA/Reuters
Foto: KCNA/Reuters
Foto: KCNA/Reuters

Na segunda-feira à noite, duas emissoras japonesas noticiaram a chegada de um comboio com origem na Coreia do Norte a Pequim, e um invulgar reforço da segurança em torno da residência onde altos quadros de Pyongyang costumam ficar na capital chinesa. As ruas em torno da Residência de Hóspedes Oficiais Diaoyutai foram bloqueadas, enquanto agentes da polícia à paisana impedem fotógrafos de se aproximar do local, segundo a agência Associated Press.


Um vídeo transmitido pela televisão japonesa NTV mostrou várias limusinas pretas a aguardar na estação de comboios e soldados chineses a marchar na plataforma da estação, na noite de segunda-feira.



Reportagens dão ainda conta de que foram tomadas fortes medidas de segurança na Ponte da Amizade, que liga a Coreia do Norte à China, antes do comboio atravessar.

O comboio verde e amarelo, com 21 carruagens, são semelhantes àquele que anteriormente transportou o ex-líder norte-coreano Kim Jong il, na sua última deslocação a Pequim, em 2011.

Também a Bloomberg citou múltiplas fontes, sem mencionar nomes "devido à sensibilidade da informação", para garantir que Kim está na capital chinesa, na sua primeira deslocação ao exterior desde que ascendeu ao poder, em 2012.

Uma porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros disse não ter informações, enquanto a imprensa norte-coreana não noticiou qualquer visita oficial a Pequim.

O governo da Coreia do Sul afirmou, entretanto, que "mantém comunicações próximas com os países relevantes e que está a acompanhar a situação".



Kim Jong-un tem encontros planeados com o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, no final de Abril, e com o Presidente dos EUA, Donald Trump, em Maio.

Mas apesar de um encontro com líderes chineses não ter sido falado, Pequim continua a ser o mais importante aliado do regime norte-coreano.

Os dois países são aliados ideológicos, apesar do crescente distanciamento devido ao programa nuclear e de misseis balísticos empreendido por Pyongyang.

Na semana passada, o jornal oficial do Partido Comunista Chinês Global Times defendeu a importância da aliança entre Pequim e Pyongyang.

"Será difícil e perigoso [para Pyongyang] lidar só com Seul, Washington e Tóquio. O apoio da China pode reduzir em muito os riscos", afirmou.

O jornal lembrou que a aliança com a Coreia do Norte "favorece a estratégia periférica de Pequim e cria mais espaço para a China gerir os assuntos do nordeste da Ásia".

"Acreditamos ser extremamente necessário manter relações amigáveis entre a China e a Coreia do Norte e minimizar o impacto de outros países nesses laços", disse.

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