Jornalista Evan Gershkovich fica em prisão preventiva até ao julgamento
Repórter norte-americano do Wall Street Journal vai continuar detido até ao dia 29 de maio, altura em que deverá ser presente a juiz.
O jornalista Evan Gershkovich,acusado de espionagem pela Rússia, foi esta terça-feira presente a tribunal. Esta terá sido uma audiência meramente processual para determinar que o jornalista norte-americano vai continuar na prisão de Lefortovo até ser julgado.
O repórter doWall Street Journal, de acordo com aReuters, manteve-se sempre calmo, com uma camisa axadrezada, dentro do habitual recinto envidraçado do tribunal de Moscovo.
Durante a sessão, Evan Gershkovich não terá falado e a única reação que teve terá sido à saída do tribunal, quando um jornalista russo lhe disse "mantém-te firme". O repórter repondeu através de um aceno.
No dia 6 de abril, o tribunal de Moscovodecretou que o repórter iria ficar em prisão preventivaaté ao dia 29 de maio, altura em que deverá ser presente a um juiz. A defesa do jornalista apresentou um recurso para que este pudesse aguardar julgamento em liberdade que, de acordo com oEl País, acabou por ser recusado esta terça-feira.
Evan Gershkovich encontrava-se a cobrir os conflitos na Rússia e Ucrânia, quando foiacusado de ter recolhido informações sobre "as atividades" de um complexo de defesa militara mando "do lado norte-americano", acusações que negou.
OWall Street Journaltambém já se pronunciou sobre o caso, dizendo que as acusações em causa são falsas e uma "afronta perversa à liberdade de imprensa". Já o governo norte-americanoconsiderou a detenção "imperdoável"e garantiu estar "a fazer tudo para trazer Evan de volta a casa".
Caso Evan Gershkovich seja condenado poderá levar uma pena de prisão até vinte anos. Esta está já a ser considerada a detenção mais grave de um jornalista norte-americano na Rússia desde o fim da Guerra Fria, com o Kremlin a assegurar que o repórter foi "apanhado em flagrante".
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