Jack Douglas Teixeira, o suspeito da fuga de documentos secretos que "sabia o que estava a fazer"
Será neto de portugueses o jovem de 21 anos detido pelo FBI pela fuga de informação confidencial dos EUA, sobre a guerra da Ucrânia.
Jack Douglas Teixeira tem 21 anos, lidera um grupoonlinedechatna rede social Discord e é o suspeito principal na fuga de documentos militares altamente confidenciais dos EUA sobre a guerra na Ucrânia. Membro da 102.ª unidade de inteligência da Guarda Nacional Aérea dos Estados Unidos da América, em Massachussets, foi detido esta quinta-feira.
O procurador-geral Merrick Garland confirmou a detenção "ligada a uma investigação à alegada remoção, retenção, e transmissão de informação de defesa nacional confidencial". "Os agentes do FBI detiveram Teixeira esta tarde sem incidentes", detalhou. "A investigação está a decorrer."
Jack Teixeira - que será neto de portugueses - era o líder de um grupo no Discord chamado Thug Shaker Central, com entre 20 e 30 pessoas. A maioria são homens jovens e adolescentes que discutiam armas,memesracistas e videojogos. De acordo com oThe New York Times, Jack Teixeira partilhou a informação porque, disse aos outros membros, era importante manterem-se informados sobre o mundo. O jornal norte-americano conta ainda que algumas fotografias dos documentos partilhados incriminam Jack Teixeira ao revelar detalhes da casa da sua família onde vivia com a mãe, Dawn.
A Discord acolhe ‘chats’ de voz, vídeo e texto em tempo real para grupos e descreve-se como um ‘site’ "onde se pode pertencer a um clube escolar, um grupo de jogos ou uma comunidade artística mundial".
Na maioria das fotografias de documentos divulgados, as fotos são de cópias em papel que parecem ter sido dobradas em quatro – como se tivessem sido enfiadas no bolso e depois digitalizadas, o que poderá servir de pista para a investigação.
"Ele é uma pessoa inteligente. Sabia o que estava a fazer quando publicou estes documentos, claro. Não foram fugas acidentais de forma nenhuma", contou um membro do Thug Shaker Central aoWashington Post.
Com Lusa
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