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Israel vai ocupar Cidade de Gaza e faz aumentar preocupações com civis e reféns
Telavive controla já cerca de 75% de Gaza e a Cidade de Gaza tem servido de refúgio para grande parte da população.
Israel anunciou esta sexta-feira que está a planear ocupar a Cidade de Gaza, a maior área urbana do enclave que tem sido amplamente devastado pelos ataques israelitas.
Tanques de Israel posicionados perto da Cidade de Gaza durante o conflito
AP Photo/Ohad Zwigenberg
Aumenta, mais uma vez, a pressão internacional
Depois de Israel ter anunciado que vai ocupar a Cidade de Gaza, muitas foram as reações internacionais, algumas por parte de aliados históricos. O Ministério dos Negócios Estrangeiros saudita condenou o que considerou como “fome, práticas brutais e limpeza ética” de Israel contra os palestinianos e o primeiro-ministro do Paquistão condenou a “ocupação prolongada e ilegal do território palestiniano” por parte de Israel e defendeu que é impossível a paz enquanto a ocupação militar persistir. Numa reação que pode ter mais impacto, Friedrich Merz disse que a Alemanha não autorizará mais nenhuma exportação de equipamento militar para Israel “até novo aviso”, uma vez que considera que existe o risco de este ser usado em Gaza. Ainda assim o chanceler alemão reiterou que Israel “tem o direito de se defender contra o terror do Hamas”, que não deve ter nenhum papel no futuro de Gaza. “A ação militar ainda mais dura do exército israelita na Faixa de Gaza, aprovada pelo Gabinete israelita ontem à noite, torna cada vez mais difícil para o governo alemão ver como os objetivos serão alcançados”, concluiu. Já o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, pediu que Israel reconsiderasse a sua decisão uma vez que não acredita que a expansão da ofensiva ajude a garantir a libertação dos reféns: “A nossa mensagem é clara: uma solução diplomática é possível, mas ambas as partes devem afastar-se do caminho da destruição”, defendeu. Também a ONU, a União Europeia, pela voz de Ursula von der Leyen, e Portugal condenaram a decisão de Netanyahu. O Governo português afirmou estar “profundamente preocupado” com a decisão que “põe em causa os esforços para o cessar-fogo e agrava a tragédia humanitária”.Mais um esforço para o cessar-fogo
Os mediadores do Egito e do Qatar estão a trabalhar numa nova proposta de cessar-fogo que incluirá a libertação de todos os reféns, os vivos e os mortos, de uma só vez em troca do fim da guerra e da retirada das forças israelitas da Faixa de Gaza, afirmaram duas autoridades árabes à Associated Press. A administração de Gaza ficaria ao encargo de um comité palestino-árabe que seria responsável por supervisionar os esforços de reconstrução até que fosse estabelecida uma administração palestiniana com uma força policial treinada pelos Estados Unidos e outra força aliada no Médio Oriente. A ofensiva israelita já matou mais de 61 mil palestinianos, segundo os dados do Ministério da Saúde de Gaza que não esclarece quantos desses eram civis. O ministério faz parte do atual governo do Hamas, ainda assim a ONU tem considerado estes números como a estimativa mais confiável sobre as baixas causadas pela guerra. Já Israel contesta os dados, mas não fornece outros. A 7 de outubro de 2023 militantes liderados pelo Hamas entraram em Israel e mataram cerca de 1.200 pessoas, a maioria civis, outras 251 foram levadas para a Faixa de Gaza e feitas reféns. A maioria já foi libertada (entre corpos recuperados e reféns vivos) durante os acordos de tréguas feitos pelas duas partes, mas ainda se encontram dentro do enclave 50 pessoas, vinte das quais Israel acredita que estejam vivas.Artigos Relacionados
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