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Elon Musk e outros CEOs no almoço de Trump com oficiais sauditas

Gabriela Ângelo 13 de maio de 2025 às 16:36

Acompanhado do presidente num almoço oficial em Riade, estavam diretores executivos de quatro das 10 maiores empresas norte-americanas.

No palácio de Al Yamamah, a residência oficial do rei da Arábia Saudita, em Riade, Donald Trump encontrou-se com oficiais sauditas, mas não apareceu sozinho. Num almoço, após uma cerimónia de chá e café, o presidente contou com a presença de CEOs e grandes nomes de indústrias desde a Inteligência Artificial (IA) à aeroespacial. 

Trump arábia AP Photo/Alex Brandon

Além de Elon Musk, conselheiro especial e dono da Tesla, da SpaceX e da empresa de IA, xAI, outros gigantes estiveram presentes para tentar captar o investimento dos bolsos sauditas. Na área de Inteligência Artificial, estava presente Sam Altman, o CEO do ChatGPT, Jensen Huang, o dono da Nvidia, Ruth Porat, a CIO da Alphabet, a empresa mãe da Google, e Andy Jassy, o CEO da Amazon. A Arábia Saudita tem investido cada vez mais em IA e da reunião surgiu uma colaboração com a Nvidia, a empresa fabricante de chips.

Das conversações surgiram outros acordos incluindo um de 600 mil milhões de dólares de "compromisso para investir nos Estados Unidos", 20 mil milhões de dólares para investimento em centros de dados de IA nos EUA e um compromisso das empresas tecnológicas norte-americanas para investir 80 mil milhões em "tecnologias de ponta transformados em ambos os países".

Também estava presente no almoço Kelly Ortberg, a diretora executiva da Boeing, tendo sido negociado um acordo de exportações norte-americanas de turbinas a gás e soluções energéticas no valor de 14,2 mil milhões de dólares, assim como aviões de passageiros Boeing 737-8 no valor de 4,8 mil milhões de dólares. 

Antes deste encontro, já se falava de um acordo no valor de cerca de 100 mil milhões de dólares para a compra de armas e outro equipamento militar norte-americano. Sabe-se agora que esse acordo acabou por custar à nação saudita mais 42 mil milhões de dólares, e inclui capacidades espaciais, defesa aérea e antimísseis, segurança marítima e costeira, segurança das fronteiras e uma atualização dos sistemas de informação e de comunicação.

Os EUA têm sido um dos principais fornecedores de armamento à Arábia Saudita, mas a relação enfraqueceu por volta de 2021, quando o antigo presidente Joe Biden parou de vender armas ofensivas a Riade, expressando a sua preocupação da sua utilização na guerra contra o Iémen.

A administração Trump tem bombardeado e lançado ataques no Iémen, com o objetivo de abater alvos Huthis, durante as últimas sete semanas, tendo mesmo anunciado a rendição deste grupo.

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