A maltesa conseguiu 562 votos, mantendo-se no cargo com a maior percentagem de sempre nestas eleições.
Roberta Metsola foi eleita presidente do Parlamento Europeu na primeira volta, com 562 votos. É a maior percentagem de voto de uma presidente do Parlamento Europeu de sempre: conquistou 90,2% dos 699 votos.
Parlamento Europeu
A única concorrente, a espanhola Irene Montero, conseguiu 61 votos.
Na sua primeira eleição para substituir David Sassoli após a sua morte, Metsola tinha conquistado 458 votos.
Agora, segue-se a escolha dos vice-presidentes do Parlamento Europeu, cujas candidaturas deverão começar às 13h de Estrasburgo (12h em Lisboa). A eleição está prevista para as 15h (14h em Lisboa).
Durante o discurso que se seguiu ao anúncio das votações, Metsola prometeu lutar pelo sentimento de "crença e entusiasmo" na União Europeia: "Dois anos depois, ainda quero que as pessoas voltem a ter um sentimento de crença e entusiasmo pelo nosso projeto. Uma crença que torne o nosso espaço partilhado mais seguro, justo, e mais igualitário. Uma crença que juntos somos mais fortes e melhores."
"A nossa é uma Europa para todos, uma Europa que se lembra das lutas anteriores e ideias que tomamos por garantidas", "pelos que se puseram à frente de tanques e balas contra totalitarismos", "pelos que acreditaram em melhor e se atreveram a sonhar", sublinhou.
A maltesa prometeu lutar por "uma Europa que honre a nossa história comum", "uma Europa acessível a todos e de que todos se sintam parte". Considerou que a polarização levou a "uma política confrontacional", com "questões que dividem a comunidade entre nós e eles" e que "não oferece soluções reais". Em vez da "fúria e ódio", a Europa deve optar pela "esperança e crença".
"Partilhamos a responsabilidade de deixar a Europa melhor do que a deixámos", afirmou. "E vamos deixar a Europa um sítio melhor ao criarmos um novo padrão de segurança e defesa que mantenha as pessoas seguras e afaste os sonhos expansionistas de ditadores no nosso bairro. Que derrote as ameaças híbridas que ainda enfrentamos. Que proteja a Europa. Que defenda a nossa autonomia estratégica. Que mantenha a paz. Que entenda que a ameaça que enfrentamos é muito real", salientou Roberta Metsola.
Apelou ao reforço do "pilar social" da Europa e de "legislação própria de asilo e migração", que "assegure que nenhuma mãe tenha que escolher colocar o seu filho num barco às mãos de redes criminosas de tráfico".
Sobre a guerra na Ucrânia, "que se mantém no topo da agenda", considerou que com a sua visita a Kiev o Parlamento Europeu "ajudou a colocar o foco político na necessidade de apoiar a Ucrânia e esse foco é um que as pessoas confiam que se mantenha a brilhar o mais possível".
Para Metsola, outros grandes desafios serão o crescimento do antissemitismo e da islamofobia, a era digital, e as ameaças sobre as mulheres.
*A jornalista viajou a convite do Parlamento Europeu
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Trazemos-lhe um guia para aproveitar o melhor do Alentejo litoral. E ainda: um negócio fraudulento com vistos gold que envolveu 10 milhões de euros e uma entrevista ao filósofo José Gil.