Os cargos de topo para Bruxelas estão a ser discutidos por seis líderes europeus (Kyriakos Mitsotakis, Donald Tusk, Pedro Sánchez, Olaf Scholz, Emmanuel Macron e Mark Rutte), tendo o nome dos três candidatos sido aprovados. Agora deverão ir a conferência de líderes em Bruxelas, na quinta-feira, quando os nomes dos três serão apresentado para que sejam aprovados pelos chefes de estado e chefes de governo europeus.

O Presidente da República considerou que é "uma alegria e muito bom para Portugal e para a Europa" o acordo preliminar para a nomeação do ex-primeiro-ministro para o Conselho Europeu. "É uma alegria e é muito bom para a Europa e para Portugal se se confirmar [nomeação]", disse Marcelo Rebelo de Sousa. Além do primeiro-ministro português, Luís Montenegro, que já disse que apoiaria a nomeação de António Costa, há outros 11 chefes de Governo e de Estado do Partido Popular Europeu (PPE), de países como Grécia, Croácia, Letónia, Suécia, Áustria, Irlanda, Roménia, Finlândia, Chipre, Polónia e Luxemburgo, que assumiram o apoio ao antigo governante português.

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, escreveu que o acordo celebrado entre o Partido Popular Europeu (representado pelos primeiros-ministros grego e polaco) e os representantes da esquerda (Sánchez e Scholz) e os liberais (Macron e Rutte) "vai contra tudo aquilo em que a União Europeia foi fundada". "Em vez de inclusão, semeia a divisão. Os cargos de topo da UE devem representar todos os estados-membros, não apenas os esquerdistas e liberais".

Os chefes de Estado e de Governo dos 27 reúnem-se esta quinta e sexta-feira para fecharem o processo. O cargo de presidente da Comissão Europeia ainda terá, posteriormente, de ser votado no Parlamento Europeu.

Depois de uma primeira tentativa falhada para acordo no jantar informal de líderes da UE, a 17 de junho passado, os seis negociadores chegaram a acordo sobre estes nomes após uma reunião por videoconferência na segunda-feira à noite. Na lista está também Roberta Metsola, que deverá ser reconduzida no cargo de presidente do Parlamento Europeu, apesar de não fazer oficialmente parte do pacote por não ser escolhida pelo Conselho Europeu.

Apesar da sua demissão na sequência de investigações judiciais, o ex-primeiro-ministro português deve suceder ao belga Charles Michel (no cargo desde 2019) na liderança do Conselho Europeu.