Sábado – Pense por si

Nuno Tiago Pinto
Nuno Tiago Pinto
31 de outubro de 2024 às 16:27

Contagem decrescente até 5 de novembro

Com tanto em jogo, é perturbador para quem vive deste lado do Atlântico perceber que poucos dos temas fundamentais para nós – Ucrânia, Médio Oriente, etc. – serão decisivos para os eleitores americanos.

O mundo está paralisado à espera de saber quem será o próximo ocupante da Casa Branca. Não é exagero. O destino da guerra na Ucrânia será muito diferente se o vencedor das eleições presidenciais americanas for Kamala Harris ou Donald Trump. O que acontecerá no Médio Oriente nos próximos meses dependerá em grande medida da vitória da democrata ou do republicano – não é por acaso que o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu lançou a operação no Líbano a escassas semanas das eleições. A estratégia de competição com a China seguirá caminhos diferentes conforme a vitória sorria à vice-presidente ou ao ex-Presidente. Na União Europeia, na NATO e na ONU teme-se o regresso de Trump à Sala Oval. De Moscovo a Pequim aguarda-se o resultado das eleições americanas para definir os próximos passos na permanente luta de interesses entre grandes potências. Para tornar as questões mais complexas, várias destas crises estão relacionadas. É também por isso que prever os destinos do mundo para lá de 5 de novembro se tornou uma tarefa extremamente difícil.

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