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Kamala Harris, a miúda que gritava "liberdade"

Maria Henrique Espada
Maria Henrique Espada 31 de outubro de 2024 às 12:16

Ainda nem sabia dizer os érres quando aprendeu slogans a ir a manifestações com os pais. Foi uma procuradora-justiceira, pela justiça social e atrás da banca (e não só). Deu-se mal na vice-presidência, onde perdeu equipa e popularidade. Mas tem uma segunda hipótese e costuma dar-se bem com elas.

A noite de 8 de novembro de 2016, Kamala Harris foi jantar com toda a família alargada, cunhados, sobrinhos, primos, tios, e mais uns amigos. Era uma tradição em noites eleitorais. Era suposto ser um momento de festa, antes ainda de ela se dirigir à sala que tinha alugado para celebrar o que esperava (e veio a ser) a vitória na corrida a um lugar no Senado americano, pela Califórnia, mas o ambiente familiar estava tenso. O afilhado, Alexander, de 9 anos, foi ter com ela de lágrimas nos olhos: "Tia Kamala, aquele homem não pode ganhar. Ele não vai ganhar, pois não?" Kamala e o pai do rapaz tentaram consolá-lo. "Alexander, sabes que às vezes os super-heróis enfrentam um grande desafio, porque há um vilão atrás deles? O que é que eles fazem nessa altura?" O miúdo respondeu: "Lutam." Kamala apoiou: "É isso. E lutam com emoção, porque todos os grandes super-heróis têm grandes emoções como tu, mas lutam sempre. E é o que vamos fazer."

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