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Trabalhadores dos Impostos contra operação stop do Fisco

28 de maio de 2019 às 17:59
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Paulo Ralha, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, considerou a operação "desproporcional". Recursos humanos podiam ser usados em ações "com mais benefícios para o Estado".

Esta terça-feira, a Autoridade Tributária e Aduaneira e a GNR realizaram uma ação de fiscalização conjunta a condutores em Alfena, Valongo, que visava a cobrança de dívidas fiscais. Caso estas não fossem pagas no momento, os veículos podiam ser penhorados.

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, esta ação que foi entretanto cancelada era "desproporcional". Em entrevista à SIC, Paulo Ralha defendeu que os recursos humanos podiam ser usados em "operações muito mais complexas e com mais benefícios para o Estado".

Trofa e Santo Tirso também tiveram operações stop do Fisco

A Autoridade Tributária (AT) fez fiscalizações idênticas à ocorrida hoje em Valongo pelo menos na Trofa, a 14 de maio, e em Santo Tirso, uma semana depois, confirmaram à Lusa fontes das duas câmaras municipais. - Portugal , Sábado.

"Alguém que compre uma viatura superior a 50 mil euros, uma aeronave ou uma casa superior a 500 mil euros, nós temos meios para saber o valor dessas aquisições e comparar com os rendimentos da pessoa", afirmou Ralha.

O dirigente sindical afirmou ainda que a ação é legal. O controlo dos devedores estava a ser feito através de um sistema informático, que se encontrava montado em mesas em tendas colocadas na rotunda da Autoestrada 42 (A42), saída de Alfena, distrito do Porto.

O sistema informático cruza dados através das matrículas das viaturas e compara-os com a existência de dívidas ao fisco.