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TC chumbou Taxa Municipal de Protecção Civil em Setúbal

15 de fevereiro de 2018 às 14:48
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A autarquia setubalense anunciou que só vai tomar uma posição depois de ser notificada da decisão.

O Tribunal Constitucional considerou que a Taxa Municipal de Protecção Civil (TMPC) Câmara de Setúbal é inconstitucional, mas a autarquia setubalense anunciou hoje que só vai tomar uma posição depois de ser notificada da decisão.

Tribunal Constitucional, que funciona no Palácio Ratton, em Lisboa, tem 116 pessoas.
Tribunal Constitucional, que funciona no Palácio Ratton, em Lisboa, tem 116 pessoas.

Depois de ter declarado a inconstitucionalidade das TMPC nos municípios de Vila Nova de Gaia e de Lisboa, o Tribunal Constitucional, em acórdão datado do passado dia 31 de Janeiro, considera que a TMPC de Setúbal também não pode ser considerada como uma taxa, mas como um imposto que, por isso, só pode ser aprovado pela Assembleia da República.

O jornal Público noticiou hoje que a TMPC de Setúbal foi declarada inconstitucional pelo TC, por a considerar um imposto que não pode ser criado pelo município.

A declaração de inconstitucionalidade surge na sequência de um pedido de impugnação de uma empresa, que contestou as regras estabelecidas para a cobrança da referida taxa no concelho de Setúbal.

Segundo revelou hoje à agência Lusa fonte da autarquia sadina, a TMPC só é cobrada aos proprietários de imóveis devolutos ou que tenham alguma actividade industrial ou comercial, em função de uma escala de risco - reduzido, inferior ou elevado -, mas esta argumentação não vingou no TC, que considerou não haver uma relação directa entre a TMPC e o serviço prestado pelo município na área da Protecção Civil.

A Câmara Municipal de Setúbal começou a cobrar a TMPC em 2012 para financiar os serviços de Protecção Civil assegurados pelo município, que incluem uma Companhia de Sapadores Bombeiros.

Segundo a Câmara de Setúbal, o valor anual arrecadado pelo município com a TMPC em 2016 foi de 873 mil euros, valor muito aquém dos custos de protecção civil e de socorro à população do concelho, que a autarquia diz representar um encargo anual de cerca de 4,5 milhões de euros.

Em Lisboa, a Câmara Municipal iniciou hoje o processo de devolução faseada das TMPC cobrada indevidamente à população nos últimos anos, no valor total de 58 milhões de euros.

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