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Portugal coloca 1.150 ME em dívida a 10 anos a juros superiores

11 de maio de 2016 às 11:48
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A anterior emissão de OT a 10 anos foi colocada em março deste ano, altura em que o Tesouro colocou 621 milhões de euros a uma taxa de juro média de 3,138%, superior à de 2,42% verificada no leilão precedente

Portugal colocou hoje 1.150 milhões de euros, acima do montante indicativo, em Obrigações do Tesouro a dez anos à taxa de juro de 3,252%, superior à do anterior leilão comparável (3,138%), foi anunciado.

Segundo a página da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) na Bloomberg, a procura desta emissão atingiu 1.830 milhões de euros, 1,59 vezes superior ao montante colocado.

O IGCP tinha anunciado a realização de um leilão de Obrigações do Tesouro (OT) com maturidade a 21 de Julho de 2026 com "um montante indicativo entre 750 a 1.000 milhões de euros".

A anterior emissão de OT a 10 anos foi colocada em Março deste ano, altura em que o Tesouro colocou 621 milhões de euros a uma taxa de juro média de 3,138%, superior à de 2,42% verificada no leilão precedente, de 25 de Novembro do ano passado.

No leilão de março, a procura atingiu os 993 milhões de euros, tendo sido 1,60 vezes superior ao montante colocado.

Para o director da gestão de activos do Banco Carregosa, Filipe Silva, o leilão de hoje "correu dentro do esperado, com a taxa em linha do que se faz no mercado secundário".

O leilão "correu sem qualquer problema, talvez por isso se tenha optado por emitir um pouco acima do previsto inicialmente, que era um intervalo entre 750 e mil milhões de euros, referiu.

"A 'yield curve' da dívida portuguesa não mostra qualquer tipo de 'stress' com Portugal e os investidores aproveitam as oportunidades não só na dívida pública portuguesa como também na dívida das empresas portuguesas", afirmou ainda Filipe Silva.

A instituição liderada por Cristina Casalinho espera emitir, em termos brutos, 18.000 a 20.000 milhões de euros em dívida de médio e longo prazo em 2016, "combinando sindicatos e leilões" e assegurando "no mínimo" um leilão de Obrigações do Tesouro (OT) por trimestre.

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