"A afirmação da Europa implica soluções sensata", disse o Presidente da República. Marcelo deseja que a Comissão Europeia alie a inteligência e o rigor à compreensão para analisar o défice excessivo português
O Presidente da República assumiu, esta terça-feira, que a actual conjuntura externa com impacto nas exportações portuguesas, a manter-se, pode afectar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016 e obrigar "a revisões de previsões" económicas. Além disso, Marcelo pediu a Bruxelas que não aplique multas a Portugal por défice excessivo, recordando o esforço feito pelos portugueses nos últimos anos.
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, caso seja necessária, a referida revisão das previsões deverá ser feita "sem alarmismos mas com lucidez, se a conjuntura vier a manter-se". O chefe de Estado fez esta "referência de natureza conjuntural" a meio de um discurso sobre o sistema financeiro, durante a conferência O presente e o futuro do sector bancário, organizada pela Associação Portuguesa de Bancos e pela TVI24, num hotel de Lisboa.
O Presidente da República começou por dizer que "a economia portuguesa está a proceder a uma reconversão particularmente atenta às exportações, mas que é uma reconversão necessariamente dependente dos mercados de destino". "Isso pode significar, nomeadamente neste ano de 2016, a repercussão da situação nesses mercados - apesar da diversificação ensaiada, ainda com uma apreciável concentração - no crescimento do PIB e seus reflexos financeiros, obrigando a revisões de previsões, sem alarmismos mas com lucidez, se a conjuntura se vier a manter", acrescentou.
No mesmo discurso, o Chefe de Estado defendeu que a Comissão Europeia não deve aplicar qualquer multa a Portugal por ter falhado a meta do défice do ano passado. Marcelo apelou que as autoridades europeias aliem "inteligência e rigor à compreensão dos factos e equilíbrio subtil na avaliação" dos problemas da banca portuguesa. "A afirmação da Europa implica soluções sensata", concluiu o Presidente da República.
O Presidente relembrou, ainda, o esforço feito pelos portugueses durante os últimos 4 anos. "Esforço que penso deve estar em mente dos decisores europeus quando se debruçarem sobre esta matéria", frisou.
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