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Jaime Pereira deve suceder a Mira Amaral na liderança do BIC

26 de janeiro de 2016 às 20:31
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Assembleia-geral de accionistas, a 18 de Fevereiro, vai escolher quem é que vai assumir os destinos do banco

O actual vice-presidente da Comissão Executiva do Banco BIC Português, Jaime Pereira (na foto), é o escolhido para substituir Luís Mira Amaral no comando do banco, segundo avançaram esta terça-feira à agência Lusa fontes do banco.

O mandato dos actuais órgãos sociais do BIC terminou em Dezembro e está já convocada uma assembleia-geral de accionistas para 18 de Fevereiro para definir os responsáveis que vão assumir os destinos do banco durante os próximos anos, mas ainda não é conhecida a lista de nomes propostos.

De acordo com a informação recolhida pela Lusa, Jaime Pereira é o 'senhor que se segue' na presidência executiva do BIC Português, que conta com Fernando Teles como presidente do Conselho de Administração, órgão onde também tem assento Isabel dos Santos.

Ao contrário do que acontece nas empresas financeiras, os titulares de cargos na banca, além de serem aprovados pelos accionistas, só podem entrar em funções após serem confirmados pelo Banco de Portugal, pelo que ainda não se sabe em que dia Jaime Pereira vai suceder a Mira Amaral no cargo.

Mira Amaral, que completou 70 anos em Dezembro último, disse hoje à Lusa que já vinha preparando há algum tempo a sua saída do BIC Português.

"Tinha duas preocupações. Queria sair a tempo e horas com boa forma física e mental, e abraçar um conceito de reforma activa", revelou.

E destacou: "Acho que aos 70 anos já mereço. Já dei o litro".

Mira Amaral revelou que tem um acordo de cavalheiros com Fernando Teles para continuar a ser seu consultor e que vai estar disponível para exercer "funções não executivas", além de pretender dar aulas.

Quanto ao BIC Português, Mira Amaral sublinhou que foi um enorme desafio "arrancar com um banco de raiz aos 62 anos", considerando que o BIC deu depois o "salto" com a aquisição do Banco Português de Negócios (BPN) ao Estado português em 2011.

Em jeito de despedida, o gestor garantiu que "o banco está sólido e com bons rácios de liquidez", considerando que o BIC "conseguiu digerir o BPN".