O administrador executivo do Ribera Salud deu ordem para que se deixassem de realizar tantos procedimentos médicos pouco rentáveis.
O grupo espanhol Ribera Salud, que gere, entre outros, o Hospital de Cascais, está a ser acusado de fraude em Espanha depois do administrador executivo ter sido gravado a dar ordens para o aumento das listas de espera de forma a aumentar os lucros do Hospital de Torrejón de Ardoz, em Madrid, Espanha.
Médicos a transportar pacienteDR
O jornal espanhol El Paísdivulgou áudios de Pablo Gallart, administrador executivo do grupo, numa reunião com dirigentes do hospital público da região de Madrid, que é gerido pelo grupo privado Ribera Salud, a criticar a realização de atividades sem grande retorno financeiro. Informava ainda que era preciso alterar o formato de gestão negocial do hospital para chegar a lucros de "quatro a cinco milhões" de euros. Com o aumento das listas de espera, haveria menos intervenções, o que significaria menos despesa com pessoal e meios, mas com a mesma receita pública do Estado espanhol.
Ao EI País fontes do hospital explicaram ainda que nas reuniões seguintes foram discutidos os procedimentos mais e menos rentáveis, incluindo ordens expressas para não atender doentes fora da zona do hospital que necessitassem de diálise, por não ser considerado rentável.
Em reação, o grupo Ribera Salud emitiu um comunicado a anunciar o afastamento de Pablo Gallart ao presidente da Ribera da gestão do Hospital de Torrejón, além de outros quatro membros da direção que alertaram para a "vulnerabilidade dos direitos dos pacientes" no hospital.
Devido à polémica, a ministra da Saúde de Espanha, Mónica García, exigiu à presidente da Comunidade de Madrid, Isabel Díaz Ayuso, que termine o contrato de concessão da Ribera Salud com o Hospital de Torrejón de Ardoz e pediu uma inspeção a todos os hospitais públicos geridos pelo grupo, em situação de parceria público-privada.
Grupo que gere Hospital de Cascais ordenou o aumento das listas de espera em Espanha
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O centrismo tem sido proclamado por diversas personalidades que não têm a mais pálida ideia do que fazer ao país. É uma espécie de prêt-à-porter para gente sem cultura política e, pior que isso, sem convicções ou rumo definido.
Legitimada a sua culpa, estará Sócrates tranquilo para, se for preciso, fugir do país e instalar-se num Emirado (onde poderá ser vizinho de Isabel dos Santos, outra injustiçada foragida) ou no Brasil, onde o amigo Lula é sensível a teses de cabalas judiciais.