A 20 de Abril, o Parlamento aprovou as recomendações do PSD e CDS-PP para que o Governo impeça a entrada da SCML no capital do Montepio e uma do Bloco que pede a regulação dos investimentos daquela instituição.
O Governo anunciará "brevemente a sua posição" sobre a relação entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) e a Caixa Económica Montepio Geral, informou esta quinta-feira o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva.
Presente na conferência de imprensa para anunciar a aprovação do novo Código das Associações Mutualistas em sede de Conselho de Ministros, o governante acabou por responder que "brevemente será anunciada a posição" do Executivo face aos "diversos e diferentes documentos aprovados".
"Alguns estão ainda em sede de debate na especialidade", acrescentou Vieira da Silva, lembrando que o Governo "desde logo manifestou-se empenhado em concretizar as orientações que foram apontadas, de fixar regras sobre quais os investimentos que a Misericórdia de Lisboa pode desencadear".
Em 20 de Abril, o Parlamento aprovou as recomendações do PSD e CDS-PP para que o Governo impeça a entrada da SCML no capital do Montepio e uma do Bloco que pede a regulação dos investimentos daquela instituição.
Os projectos de resolução do PSD e do CDS-PP - as resoluções não têm força de lei, tratando-se apenas de recomendações ao Governo - mereceram o voto contra do PS, a abstenção do BE, PCP e PEV, e votos favoráveis dos proponentes e do PAN.
Foi ainda aprovado um projecto-lei do CDS-PP, apenas com os votos contra do PS, para que sejam alterados os estatutos da SCML.
O objectivo do diploma dos democratas-cristãos é consagrar a necessidade de uma autorização da tutela - no caso, o Ministério do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social - para que a Mesa da Santa Casa efectue "investimentos estratégicos e estruturantes", nomeadamente que envolvam a SCML na administração ou órgãos sociais de instituições que desenvolvem actividades noutros sectores ou que sejam em volume superior a 5% do seu orçamento anual.
Aprovado por unanimidade foi o projecto de resolução do BE que recomenda ao Governo que regule a política de investimentos da SCML.
No texto, em que nunca se refere em concreto a entrada da SCML no capital do Montepio, o BE pede ao Governo que restrinja a política de investimentos a participações não qualificadas no capital de instituições de carácter privado, quando o seu objecto não se encontre em linha com o carácter "puramente social e não especulativo" da SCML.
Os bloquistas pedem ainda que seja maximizado o montante afeto aos investimentos sociais nas várias áreas onde actua a SCML e que a sua carteira de activos seja composta por "critérios de prudência e minimização de risco".
Em 4 de Abril, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho, assegurou no parlamento que o investimento na Caixa Económica Montepio Geral não se trata de um "salvamento" do banco e que há 20 a 30 instituições de solidariedade também interessadas em participar, ainda que de forma simbólica.
Segundo o provedor, em causa está a possibilidade de a SCML ficar com 1% do capital do banco Montepio em troca no máximo de 18 milhões de euros. Tal investimento, a concretizar-se, avalia o banco em cerca de 1.800 milhões de euros.
Uma delas é a Santa Casa da Misericórdia do Porto que entrará com dez mil euros e cujo provedor, António Tavares, é também porta-voz do Conselho Estratégico Nacional do PSD para a área da Solidariedade e Sociedade de Bem-Estar.
Governo anuncia "brevemente" posição sobre participação da Santa Casa no Montepio
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.