A agência de notação financeira decidiu não mexer no rating da dívida portuguesa de longo prazo nem na perspetiva para a evolução da qualidade do crédito soberano.
A Fitch optou por não proceder a mexidas na avaliação da dívida soberana portuguesa, que permanece em BBB, o penúltimo grau da categoria de investimento de qualidade (dois níveis acima de "lixo"). Já a perspetiva (outlook) mantém-se estável.
Portugal bandeira
A Fitch sublinha, no relatório emitido, que o rating de BBB atribuído a Portugal refletia um equilíbrio entre a sua robustez institucional, fortes indicadores de governance e rendimento per capita acima dos seus pares com igual notação e os elevados níveis de endividamento e finanças externas débeis.
Já o ‘outlook’ estável reflete a convicção da agência de que, após o forte aumento da dívida pública no ano passado, esta irá regressar a uma trajetória de descida, sustentada por melhores perspetivas de crescimento, pelas condições de financiamento favoráveis e pelo compromisso do governo para com a prudência orçamental.
"A economia portuguesa foi fortemente abalada em 2020, registando uma contração de 7,6%, naquela que foi uma recessão mais profunda do que a média da Zona Euro (-6,6%) e do que a média dos países que têm o mesmo rating de BBB (-6,5%)", sublinha a Fitch.
"A economia de Portugal, de pequena dimensão e aberta, com a sua elevada dependência do turismo, registou uma segunda vaga substancial de casos de covid-19 com início en finais do último trimestre de 2020. A resultante intensificação das restrições contribuiu para uma forte queda do PIB no primeiro trimestre de 2021 (5,4% em termos homólogos, que compara com uma descida de 1,8% na Zona Euro)", refere o documento, frisando que, desde então, "a situação epidemiológica melhorou significativamente, com o estado de emergência a ser levantado no final de abril, abrindo caminho à reabertura da maioria das atividades económicas".
Desde 17 de abril do ano passado – quando a agência cortou a perspetiva de positiva para estável, numa decisão surpresa, já que se antecipou à data agendada (22 de maio) para avaliar Portugal – que a Fitch não mexe na avaliação de Portugal.
A manutenção do rating e perspetiva de Portugal, nesta sexta-feira, era já esperada pelos analistas consultados pelo Negócios.
Filipe Garcia, economista da IMF – Informação de Mercados Financeiros, sublinhou o facto de os juros da dívida a 10 anos de Portugal estarem agora a 0,60% – máximos de junho de 2020 –, face a quase 0% no início do ano, mas lembrou que "Portugal tem colocado dívida a prazos longos sem dificuldade e que o Banco Central Europeu mostra comprometimento em manter os estímulos monetários por muito tempo".
Já Mário Martins, analista da ActivTrades, salientou que as condições económicas e financeiras de Portugal pouco se alteraram desde a última avaliação, "com a particularidade de o processo relativo ao Plano de Resiliência e Recuperação ter avançado, o que, aliado ao bom desempenho do combate à pandemia de covid -19, melhora o cenário de médio prazo para a recuperação da economia nacional".
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