INE revela que as exportações portuguesas de bens caíram em outubro, após terem registado um disparo no mês anterior devido ao fim da "guerra de tarifas" entre a UE e os Estados Unidos. Importações de bens também diminuíram. Défice comercial agravou-se em 77 milhões.
As exportações portuguesas de bens caíram, em termos homólogos, 5,2% em outubro, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta quarta-feira. A queda acontece depois de, em setembro, as vendas de mercadorias ao exterior terem disparado 14,3% com a entrada em vigor do novo acordo comercial entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos, que pôs fim à "guerra de tarifas" entre os dois blocos económicos.
Governo quer exportações a valerem 55% do PIB antes do fim da década
As importações de bens também diminuíram, em outubro, embora em menor dimensão. Segundo o INE, as compras de mercadorias ao exterior registaram uma quebra de 3% em comparação com outubro do ano passado. Ao todo, foram importados 9.672 milhões de euros em mercadorias em setembro, enquanto, em sentido contrário, foram exportados 6.868 milhões em bens.
No caso das exportações, a evolução homóloga é menos negativa quando excluídas as transações sem transferência de propriedade (ou seja, com vista ou na sequência de trabalhos por encomenda, com vista ao processamento ou transformação de bens pertencentes a outros países). Sem contar com esse tipo de trabalhos, as exportações diminuíram 3%. Porém, foi "ligeiramente superior" nas importações: -3,5%. Em ambos os fluxos, as variações tinham sido positivas em setembro.
Com as exportações a caírem mais do que as importações de bens, o défice da balança comercial de bens atingiu 2.805 milhões de euros, um valor que reflete um agravamento de 77 milhões face a igual mês do ano passado. Sem contar com as transações sem transferência de propriedade, o défice comercial apresentou "um desagravamento de 141 milhões dRe
Resultados mensais do comércio internacional até outubro deste ano.
Em outubro, voltou a observar-se uma queda no preço das mercadorias transacionadas. O INE revela que o índice de valor unitário das exportações caiu 1,4%, enquanto que o das importações registou uma variação negativa de 1,8%. A queda homóloga do preço das mercadorias exportadas foi de maior dimensão em outubro – tinha sido de -1,3% em setembro – e de menor dimensão no caso das mercadorias importadas – tinha sido de -2,2% em setembro.
No que toca aos principais parceiros comerciais, é de destacar, no caso das exportações, o decréscimo das vendas para os Estados Unidos (-42,6%), "essencialmente na categoria de fornecimentos industriais". Tratou-se sobretudo de produtos químicos, "mais precisamente medicamentos, em grande parte, correspondendo a transações com vista a trabalho por encomenda". Quando excluído este tipo de transações, o decréscimo das exportações para este país foi menos acentuado (-15,4%). O INE salienta também "a diminuição significativa" das exportações de combustíveis e lubrificantes para o outro lado do Atlântico.
Por outro lado, a queda nas importações foi explicada sobretudo pela diminuição nas compras de mercadorias do Brasil (-87,9%), "maioritariamente óleos brutos de petróleo". O aumento de 29,8% nas importações das China, "essencialmente importações de combustíveis e lubrificantes e de fornecimentos industriais" evitou uma queda superior.
(Notícia atualizada às 11:53)
Exportações de bens caem 5,2% em outubro. Importações também diminuem
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O que deve fazer para quando chegar a altura da reforma e como se deve manter ativo. E ainda: reportagem na Síria; ao telefone com o ator Rafael Ferreira.
Num debate político talvez valesse a pena fazer uma análise de quem tem razão, quem conhece melhor o país, quem apresenta soluções exequíveis no âmbito dos poderes presidenciais, quem fala dos aspectos éticos da política sem ser apenas no plano jurídico.
De qualquer maneira, os humanos, hoje, no século XXI, são já um mero detalhe em cima da Terra. Hoje há bilionários, máquinas e os anexos – os biliões de humanos que por aqui andam.