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Eurogrupo sem perspectiva de novo desembolso à Grécia

20 de fevereiro de 2017 às 09:06
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Atenas queria concluir a segunda revisão do programa de assistência, mas será apenas feito um ponto da situação

Os ministros das Finanças da zona euro reúnem-se hoje em Bruxelas sem perspectivas de um acordo com vista ao encerramento da segunda revisão do programa de assistência à Grécia, que Atenas desejava concluir imediatamente, para receber novo desembolso.

O Governo grego ainda não chegou a um entendimento com os serviços técnicos das instituições - Comissão Europeia, Banco Central Europeu, Mecanismo Europeu de Estabilidade e Fundo Monetário Internacional - que permitam o regresso destes a Atenas numa missão para avaliar se a Grécia cumpriu as condições associadas ao terceiro programa de resgate em curso, pelo que está afastada a hipótese de um acordo ao nível político na reunião de hoje.

Deste modo, os ministros das Finanças da zona euro limitar-se-ão a fazer um ponto da situação do programa de assistência à Grécia, que terá de aguardar por Março ou mesmo Abril, em função dos progressos que realizar no cumprimento das condições impostas pelos seus credores, para receber novo desembolso no quadro da segunda revisão do programa de "resgate" em curso.

Na curta agenda da reunião de hoje do Eurogrupo está incluída uma apresentação, por parte da Comissão Europeia, das recentes previsões económicas de inverno, que, no caso português, abrem caminho ao encerramento, este ano, do Procedimento por Défice Excessivo (PDE) a Portugal, já que Bruxelas estima um défice de 2,3% em 2016 e uma trajectória sustentável nos próximos anos.

No entanto, uma decisão sobre o PDE só será tomada provavelmente em maio, depois de o Eurostat validar os dados de 2016 e a Comissão emitir as recomendações específicas por país, tendo já em sua posse o Programa de Estabilidade e Crescimento que o Governo de António Costa terá de apresentar entretanto.

Portugal estará representado na reunião de hoje em Bruxelas pelo ministro Mário Centeno.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.