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Domingues recusa continuar na CGD até entrar Macedo

02 de janeiro de 2017 às 10:31
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A gestão do banco do Estado vai ser assegurada por uma equipa provisória até à entrada em funções da administração liderada pelo antigo ministro da Saúde

O presidente demissionário da Caixa Geral de Depósitos, António Domingues, rejeitou prolongar o seu mandato à frente do banco "por mais uns dias", uma decisão que faz com que a gestão do banco do Estado tenha que assegurada nos próximos tempos por uma equipa provisória.

A recusa de Domingues já foi confirmada pelo Ministério das Finanças à Lusa, depois de a informação ter sido avançada pelo Jornal de Negócios. "O período de transição será inteiramente assegurado pelos membros da actual administração que mantêm os respectivos mandatos, sendo expectável que a nova equipa tome posse nos próximos dias", revelou a mesma fonte à agência de notícias.

O mesmo jornal explicou que na recusa enviada ao ministro Mário Centeno, o ainda presidente da Caixa, que se demitiu a 25 de Novembro, adianta que não era possível assegurar as condições jurídicas para aceitar o prolongamento do mandato por mais um mês face ao final de Dezembro - data em que terminaria funções". De acordo com o jornal, o adiamento da saída acautelava a demora na entrada de Paulo Macedo para o banco público, que deve acontecer apenas no final de Janeiro.

Na sexta-feira, a equipa de gestão da CGD liderada por António Domingues indicou que iria permanecer em funções até que a futura administração, comandada por Paulo Macedo, recebesse "luz verde" do Banco Central Europeu (BCE).

A lista completa com os futuros administradores da CGD ainda não é conhecida, mas já foi encaminhada pelo Governo para o BCE, que tem que dar o seu aval aos nomes propostos, algo que ainda não aconteceu.

Quando Frankfurt aprovar os novos membros do Conselho de Administração da CGD, que vai ter Rui Vilar como chairman e Paulo Macedo como presidente executivo, estarão criadas as condições para que os mesmos assumam os cargos.

António Domingues apresentou em Novembro a sua renúncia à liderança da CGD, pelo que deveria sair do banco público no final deste ano, mas acedeu ao apelo das Finanças e vai assegurar este período de transição, que deverá ser relativamente curto.