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Covid-19: Air Canada vai despedir pelo menos metade dos trabalhadores

16 de maio de 2020 às 10:25
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Em causa está o impacto na atividade devido à crise causada pela pandemia do novo coronavírus.

A Air Canada anunciou na sexta-feira que vai eliminar pelo menos metade de sua força de trabalho devido ao impacto na atividade devido à crise causada pela pandemia da covid-19.

A principal companhia aérea do Canadá, que cortou 95% dos voos devido ao fecho de fronteiras e às medidas para conter o novo coronavírus, decidiu reduzir o número de funcionários "em 50 a 60%", informou em comunicado.

A empresa, que tem cerca de 38 mil funcionários, diz que não espera voltar ao normal durante muito tempo.

"Hoje tomamos a decisão dolorosa de reduzir nossos negócios com base em previsões, o que infelizmente significa que nossa força de trabalho será reduzida em 50 a 60%", indicou a Air Canada.

A força de trabalho atual permite aproximadamente a realização de 1.500 voos por dia, operados por 258 aeronaves.

"No ambiente atual, uma operação desta escala não é viável para o futuro", observou a empresa.

A Air Canada suspendeu a maioria de seus voos internacionais, inclusive para os Estados Unidos após o anúncio do fecho temporário da fronteira entre o país e o Canadá, na tentativa de impedir a propagação do coronavírus. Continua a servir todo o Canadá, mas num número reduzido de aeroportos.

A empresa diz que entrou em contacto com os sindicatos para a implementação dos despedimentos, que ocorrerão no início de junho.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 306 mil mortos e infetou perto de 4,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 1,5 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano passou agora a ser o que tem mais casos confirmados, embora com menos mortes.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num "grande confinamento" que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.